MARCOS LEMOS
A
fim de demonstrar força política, mesmo sem a certeza de manter os atuais
quadros parlamentares - caso se confirme a já anunciada saída do senador Blairo
Maggi -, o PR decidiu forçar seus cinco deputados estaduais a disputar as
eleições municipais de 2016. A ideia é construir uma base eleitoral para lançar
o senador Wellington Fagundes como candidato a governador em 2018, mesmo contra
Pedro Taques (PDT).
A
única dúvida ficou por conta do reduto eleitoral disputado pelos deputados
Nininho, primeiro secretário da Assembleia Legislativa, e Sebastião Rezende,
que nutrem a vontade de disputar as eleições em Rondonópolis, o segundo maior e
mais próspero município de Mato Grosso.
Outro
parlamentar, mas que também resiste à tese partidária, é o deputado Emanuel
Pinheiro, considerado por todos como candidato natural a sucessão em Cuiabá.
Emanuel Pinheiro tem ligações profundas com o prefeito Mauro Mendes (PSB) e
tenta manter os Republicanos no arco de apoio não só da administração, mas
também de uma eventual candidatura à reeleição.
Aliás,
Pinheiro era o nome preferido em 2012 quando Mauro Mendes disputou a Prefeitura
de Cuiabá e acabou colocando o então deputado João Malheiros como vice.
Malheiros
acabou se tornando uma grande dor de cabeça para Mauro Mendes, ao ponto de não
assumir o mandato e se mantendo como deputado estadual, o que levou a momentos
difíceis no primeiro ano do mandato do atual prefeito de Cuiabá.
O
deputado Mauro Savi teve seu nome lembrado como candidato a prefeito de
Sorriso, outra grande cidade que está entre as mais prósperas de Mato Grosso e
do Brasil. Próximo do senador Blairo Maggi, Savi que está no seu quarto
mandato, esteve com o pé fora do PR após a reviravolta na eleição da Mesa
Diretora da Assembleia. Vencida a crise, Savi, aguarda uma decisão de Maggi,
mas não descarta disputar as eleições em Sorriso.
O
deputado Wagner Ramos, que está no seu terceiro mandato de parlamentar estadual
e tem sua base eleitoral em Tangará da Serra, é outro cotado.
Certo
mesmo é que o PR quer demonstrar força eleitoral e respaldo popular para não
ser deixado de lado, caso não tenha nomes para a disputa em 2018 para o governo
do Estado, ou dependendo dos resultados de 2016, indique como candidato ao
governo do Estado, o senador Wellington Fagundes que assim como Pedro Taques
poderá disputar no meio do mandato o governo de Mato Grosso.
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