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Com Olimpíadas e eleições, Dilma tem poucos meses para aprovar medidas

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De acordo com análise do Correio Braziliense, o tempo é o principal adversário do governo federal para aprovar no Congresso a agenda anunciada como indispensável à estabilidade fiscal e retomada do crescimento econômico. Como o ano legislativo só se iniciará de fato em 15 de fevereiro, serão apenas três meses (março, abril e maio) para passar várias medidas de difícil articulação e consenso, num ano atípico, que será interrompido em agosto pelos Jogos Olímpicos e pelas eleições municipais; em julho pelo recesso parlamentar; e em junho pelas festas juninas, que tradicionalmente mobilizam os 151 parlamentares da bancada do Nordeste.
A agilidade necessária para aprovar as medidas de ajustes esbarra também na travessia de um mar revolto, que volta a balançar o cenário político agora, com o fim do carnaval. Nesse barco, estão os debates em torno do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o processo de cassação e o pedido de afastamento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acusado de ter recebido propina do esquema de corrupção na Petrobras. Somados a isso, decisões e depoimentos no âmbito da Operação Lava-Jato devem continuar assombrando Brasília.

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