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O pêndulo do Planalto

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Em 2015, o humor do poder assumiu um caráter pendular mais exacerbado do que o normal. Ora o governo iria cair, ora mancar, ora dar a volta por cima. O ano virou e a ciclotimia voltou. Dilma logrou perder o momento propiciado pela conjunção entre o STF zerando o impeachment e a mudança na Fazenda, e foi abalroada agora pela chegada da Lava Jato ao mundo das campanhas eleitorais petistas.
Opinião recolhida entre atores do PIB e da política é de que a sustentação que restava à presidente esfarelou-se. Um megaempresário, notório filopetista, disse recentemente a um algo surpreso cardeal da oposição com todas as letras: “Acabou, já era”. Não é torcida. O governo não aprova nem feriado novo no Congresso, quem dirá CPMF ou reforma da Previdência; mesmo que sim, elas seriam insuficientes para resolver a desgraceira da evolução da dívida pública. Enquanto isso, a vida real aperta e as ruas ensaiam ressurgir.

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