Após a notícia sobre a delação premiada do senador Delcídio do Amaral (MS), a presidente Dilma Rousseff convocou nesta quinta-feira (3) uma reunião com os ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e José Eduardo Cardozo (Advocacia-Geral da União), seus principais conselheiros políticos no governo.
Delcídio foi preso pela Polícia Federal no ano passado por suspeita de tentar obstruir o andamento das investigações da Operação Lava Jato. No mês passado, ele foi solto após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
Na delação, o senador fez acusações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff, conforme revelou edição da revista “IstoÉ” que circula nesta quinta-feira (3). Disse que Lula tinha conhecimento do esquema de corrupção na Petrobras e que Dilma agiu para interferir na Lava Jato.A TV Globo confirmou que o acordo foi assinado, mas que ainda não está homologado porque um dos pontos foi objeto de questionamento e ainda está sendo ajustado.
O encontro entre Dilma e os ministros foi convocado pela presidente logo após ela dar posse, em cerimônia no palácio, aos novos ministros da Justiça, Wellington Silva, da AGU, José Eduardo Cardozo, e da Controladoria-Geral da União, Luiz Navarro.
Ao deixar o evento, antes de seguir para a reunião com Dilma, o novo chefe da Advocacia-Geral da União avaliou que o acordo de delação de Delcídio pode ser uma “retaliação” ao governo – logo após o senador ser preso, o PT, partido do qual ele teve sua filiação suspensa, divulgou uma nota na qual afirmou que as suspeitas sobre Delcídio não têm relação com a atividade partidária dele.
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