Por Felipe Santa Cruz
O resultado que poucas análises mencionaram nas eleições de
2016 é algo que não pode ser encarado com naturalidade: o altíssimo índice de
abstenção, somado aos votos nulos e brancos. Milhões de brasileiros gritaram um
sonoro NÃO às candidaturas postas e aos partidos tradicionais.
A flagrante distância entre representantes e representados é
um alvo da nossa OAB desde sempre, seja em nossos debates internos ou em
posicionamentos institucionais.
Foi pensando nisso que focamos nossa luta nas bandeiras da
Reforma Política e acabamos por concretizar um dos pontos no STF, a queda do
financiamento empresarial.
As várias formas de se abster da escolha de nossos
governantes são, na verdade, uma frágil resposta da população brasileira à
crise política que vivemos.
Não existe outra bandeira, outra luta, senão a Reforma
Política. Para abrandar as distorções de nosso sistema, reconectar os
governantes com seus patrões - o povo-, fazer com que cumpram suas propostas e
afastar de vez os fantasmas da corrupção sistêmica.
O dever de cada vereador ou prefeito eleitos nessas eleições
é entender este recado da população e aderir ao óbvio pedido das ruas, a
Reforma Política.
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