O helicóptero do Centro Integrado de Operações Áreas
(Ciopaer) encontrou o corpo de uma mulher na tarde desta quarta-feira (9), no
Mirante do Parque Nacional de Chapada dos Guimarães (65 km de Cuiabá).
Ariadne Wojcik, de 25 anos, que havia sido nomeada nesta
terça-feira (8) para um cargo em comissão como assessora auxiliar no Tribunal
de Justiça de Mato Grosso.
A suspeita é de que a
mulher seja a advogada
Jovem teria cometido suicídio |
O delegado de Chapada dos Guimarães, Diego Alex Martimiano
da Silva, confirmou ao MidiaNews que encontrou uma bolsa no local com os
documentos de Ariadne, o que leva a crer que o corpo seja dela. Um tio da
advogada acompanha os trabalhos.
Tripulantes do
Ciopaer ainda tentam resgatar o corpo da mulher, que está em um local de
díficil acesso.
"O helicóptero
está pousado na parte de baixo para fazer a imobilização para retirá-lo de lá e
levá-lo para cima", informou o tenente-coronel do Ciopaer, Henrique
Santos.
Após a retirada, o
corpo será levado para Instituto Médico Legal de Cuiabá para identificação.
A advogada sumiu após
publicar uma mensagem no Facebook, às 7 horas desta quarta-feira (9), relatando
um suposto abuso sofrido por um professor da Universidade de Brasília (UnB).
Na postagem, Ariadne,
que fez Direito na UnB, relatou que começou a estagiar no escritório do professor
e passou a ser "perseguida" por ele.
“Comecei no estágio
novo super empolgada, eu achava aquele professor o máximo, extremamente
inteligente, detalhista, perspicaz, minucioso, brilhante. Como poderia ser
ruim? Até que as coisas começaram a ficar esquisitas, vários presentes
injustificados, mensagens por WhatsApp totalmente fora do contexto do trabalho
(P.ex: "sou seu fã", ou "você é demais") e fora de hora,
muitas, muitas, muitas, perguntas de cunho pessoal. Na época eu desconfiava,
mas pensava: acho que não, ele é professor da UnB, me deu 1 ano de aula, é
procurador do DF, tem um currículo e uma reputação impecável, é casado, ele não
faria isso”, escreveu.
“As coisas ficaram
muito estranhas quando ele demonstrava que sabia todos os lugares onde eu ia,
sabia o teor das minhas conversas por WhatsApp, com quem eu falava, sabia as
páginas que eu acessava no meu computador pessoal”, relatou.
Na mensagem, Ariadne
comenta que mesmo pedindo demissão - e conseguindo um emprego no Tribunal de
Justiça de Mato Grosso, em Cuiabá, sua terra natal -, as perseguições teriam
continuado.
“Eu achava que aqui,
em Cuiabá, no emprego novo, na vida nova, eu estaria a salvo da perseguição
dele, mas ele nunca desiste, nunca”, contou.
No fim, ela afirma
que está “exausta” e que não tem mais forças para desvencilhar das
"artimanhas" do agressor. Ela deixa transparecer também que sabe de
negócios “obscuros” do ex-chefe e pede para alguém pará-lo.
“Que na próxima
reencarnação eu possa fazer uso de todo aprendizado que tudo isso me trouxe,
mesmo com tanta dor e sofrimento. Essa vida eu já não posso mais suportar, que
Deus me perdoe e me entenda, mas ele já sabia, ele sempre sabe”, pontuou.
Cargo comissionado
A reportagem procurou
o Tribunal de Justiça nesta quarta. A assessoria de imprensa informou que a
nomeação de Ariadne foi publicada no Diário da Justiça a terça-feira, com
efeitos a partir da assinatura do termo de posse e exercício, que deveria ter
sido feita hoje. "Ela ficou de se apresentar ainda hoje ao Departamento de
Recursos Humanos para assinar o documento e tomar posse oficialmente como
servidora comissionada, contudo não apareceu", informou a assessoria do
Tribunal.
FONTE: Mídia News
Veja a postagem feita por Ariane no seu perfil do Facebook:
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