Paulo Borges e Pedro Borges |
Em entrevista ao Diário de Cuiabá, nesta sexta-feira (12), o presidente regional do PSDB, ex-vereador Paulo Borges, disse que o governador Pedro Taques não conseguiu se reeleger porque lhe faltou habilidade política para lidar com seus aliados, e também com a população mato-grossense.
Põe falta de habilidade nisso!
Tanques começou mal o seu governo quando deu um chute em seus colegas pedetistas, pessoas que se comprometeram para vê-lo chefe do Paiaguás.
Não contribuiu para o presidente do PDT, deputado estadual Zeca Viana ascender à presidência da Assembleia legislativa.
Fez campanha em favor de um deputado do PSDB, que acabou logrando êxito.
Naquele momento, eram dados por Pedro Taques os primeiros passos para sua derrota no processo de reeleição futura.
O PDT saiu da base do governo e passou a ser uma voz de oposição por meio do deputado Zeca Viana, contando depois com o apoio da deputada Janaína Riva e mais algumas vozes roucas da Assembleia.
A reeleição de Pedro Taques foi comprometida nos primeiros 30 dias de seu governo, com a postura deselegante dele para o deputado Zeca, Otaviano Pivetta, Jaime Campos, Mauro Mendes e tantos outros que contribuíram para sua vitoriosa campanha.
Não demorou muito e o governador começou a ficar isolado. O isolamento foi tanto que o próprio vice-governador Carlos Fávaro, numa atitude elogiável, optou pela renúncia ao cargo.
Quem derrubou Pedro Taques foi ele mesmo.
A classe política e a sociedade, digo, o eleitorado, ficaram apenas aguardando o momento para aplicação do golpe mortal naquele que poderia ter ficado na história de nosso estado como um grande governador.
Foi o que aconteceu em 7 de outubro.
O homem que tinha a máquina na mão recebeu míseros 19% dos votos válidos, o equivalente a 271 mil votos. Ficando abaixo de Wellington Fagundes (PR) que recebeu 280 mil votos mesmo estando sua candidatura atrelada à desgastada esquerda representada pelo poste Fernando Haddad.
Taques, além de desleal com seus amigos, aqueles que o conduziram à chefia do Paiaguás, foi uma decepção também para os outros poderes, e principalmente para os mato-grossenses.
Justiça foi feita.
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