O presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar a imprensa.
Neste sábado, 8, antes seguir para um evento evangélico no estádio Mané
Garrincha, em Brasília, ele conversou com jornalistas na porta do Palácio do
Alvorada. Em um determinado momento, ele cruzou os braços, fazendo o sinal de
uma “banana” aos repórteres que o aguardavam do lado de fora. Em seguida,
avisou que não daria entrevista. No local, também havia apoiadores do
presidente.
A principal queixa de Bolsonaro envolveu a repercussão
negativa de declaração feita por ele sobre portadores do vírus da Aids. Na
quarta-feira 5, ao defender o programa de prevenção à gravidez na adolescência,
da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, o presidente
afirmou que uma pessoa com HIV representa “uma despesa para todos no Brasil”.
“Eu falei de uma menina que deu à luz pela terceira vez aos
16 anos de idade sendo aidética. Foi isso que eu falei. O que faltou? Faltou
uma mãe, uma avó, para não começar a fazer sexo tão cedo. Qualquer pessoa com
HIV, além do problema de saúde dela gravíssimo, que nós temos pena, é custoso
para todo mundo. Vocês focaram no que o aidético é oneroso para todo o Brasil.
Estou levando porrada de tudo quanto é grupo de pessoas que têm esse problema
lamentavelmente”, afirmou o presidente. O uso da expressão “aidético” para se
referir a quem tem a doença também é criticado por especialistas por ter uma
carga pejorativa.
De acordo com Bolsonaro, este não é o papel da imprensa.
“Vocês não podem continuar agindo assim, destruindo reputações. Vê se vai ter
alguma retificação no jornal de vocês amanhã? Não vai ter porque o editor não
vai deixar ir para frente. Eu quero conversar com vocês. Ser amigos de vocês.
Mas não dá”, disse. “Eu vou dar uma banana pra vocês”.
Veja vídeo:
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