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Sleeping Giants Brasil é formado por casal de 22 anos do interior do Paraná; Estudantes de direito, moram com os pais e recebem auxílio emergencial

 

O grupo Sleeping Giants Brasil, conhecido nas redes sociais por atuação que tem causado polêmica, ao cobrar publicamente empresas que anunciam na internet em sites que na avaliação do perfil divulgam conteúdo de ódio ou fake news, foi fundado por apenas duas pessoas, um casal de 22 anos de Ponta Grossa, no Paraná.

Seja por discordarem do conteúdo, seja pelo constrangimento público criado pela provocação do Sleeping Giants, empresas têm retirado anúncios, desmonetizando sites ou canais no YouTube após a ação do casal Leonardo de Carvalho Leal e Mayara Stelle.

Ambos moram com os pais e são namorados desde os 15 anos. Ele era motorista de Uber até que teve o carro batido no início do ano. Ela era vendedora de maquiagens até que a pandemia da Covid-19 fechou os salões de beleza em Ponta Grossa.

Até este domingo (13), o grupo operava de forma anônima, sob a justificativa de que recebem ameaças de morte diárias. Resolveram, no entanto, revelar sua identidade em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.

Estudantes de direito do sétimo período de uma faculdade federal da cidade, ambos vivem hoje do auxílio emergencial que o governo concede a milhões de brasileiros. Dizem que não há ninguém por trás deles e que não recebem nada pelo trabalho.

Eles dizem receber apoio do Rede Liberdade, grupo de advogados e jornalistas que atua em casos de violação de direitos e liberdade de expressão, prestando assessoria jurídica e de comunicação sem cobrar nada ao casal.

Leonardo e Mayara resolveram abrir o Sleeping Giants Brasil numa manhã de maio de 2020. Horas depois já tinham 20 mil seguidores e foram oficializados como representantes brasileiros dos Sleeping Giants pelo criador do perfil americano, Matt Rivitz.

O primeiro alvo do grupo, o Jornal da Cidade Online, sofreu a retirada de anúncios de 250 empresas, cada uma exposta publicamente pelo SGB por anunciar ali.

Até hoje, eles calculam ter retirado de três sites de notícias e dois canais o equivalente a R$ 1,5 milhão. Segundo eles, 700 empresas já seguiram seus alertas e retiraram os anúncios de sites duvidosos. O SGB tem 410 mil seguidores no Twitter e 170 mil no Instagram.

 FolhaPress


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