Os procuradores da Lava Jato no Paraná apresentaram nesta segunda-feira (08) à Justiça as alegações finais em ação penal contra José Dirceu, seu irmão Luiz Eduardo de Oliveira e Silva e contra o ex-diretor da Engevix Gerson de Mello Almada.
No documento, última manifestação da acusação no processo, o Ministério Público Federal pediu a condenação de todos por lavagem de dinheiro.
A denúncia narra o repasse, entre 2011 e 2012, de R$ 900 mil da Engevix para Dirceu através da Entrelinhas, empresa que tinha contratos com a JD Assessoria; e também de R$ 1,6 milhão da UTC para a JD em 2013 e 2014.
“JOSÉ DIRCEU e LUIZ EDUARDO tinham plena consciência de que o dinheiro transferido mensalmente pela UTC à JD ASSESSORIA ao longo dos anos de 2013 e 2014, com base em aditivos contratuais ideologicamente falsos, era oriundo de práticas corruptas da empreiteira junto ao governo federal, inclusive no seio e em desfavor da PETROBRAS. Sabiam, ademais, que a via ilícita utilizada para justificar as transferências de valores – assinatura de aditivos contratuais falsos e emissão de notas fiscais fraudulentas – servia ao fim de ocultar e dissimular a origem, movimentação e disposição de R$ 1.536.000,00 auferidos pela UTC mediante a prática de crimes de cartel, fraude em licitações e corrupção contra a PETROBRAS”, diz o MPF.
Cabe agora aos réus apresentarem suas alegações finais no processo.
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