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Presidente da Fiemt diz que adiantar feriados não é eficaz e pede ajuda da indústria para aumentar isolamento

 


O presidente da Fiemt (que representa as indústrias de Mato Grosso), Gustavo Oliveira, afirma que a entidade não apoia a antecipação de feriados em semanas separadas, pois não há comprovação de que a medida é realmente eficaz para controlar a proliferação da Covid-19. Contrário a possibilidade do fechamento total do comércio, o chamado lockdown, Gustavo afirma que está disposto a construção de alternativas para diminuir a circulação das pessoas.

A proposta foi anunciada pelo governo de Mato Grosso na sexta-feira (19), após ser apresentada a chefes dos Poderes e a própria instituição. No final de semana, no entanto, a Fiemt retirou a intenção de apoio a antecipar feriados para os dias 24, 25 e 26 de março e 1º de abril.

“O próprio governo, durante o final de semana, avaliou que a medida, embora seja uma tentativa, pelas características do estado, não se mostrou efetiva em lugar nenhum. Então, a Fiemt retirou sua proposta de apoiar essa medida”.

Nesta segunda-feira (22), antes de enviar a proposta para a Assembleia Legislativa, o governador Mauro Mendes (DEM) se reúne com deputados, para debater quais medidas serão tomadas. O que há de certo, por enquanto, é que tais feriados não devem ser decretados para esta semana.

De acordo com Gustavo, a Fiemt irá elaborar propostas alternativas contra a suspensão das atividades econômicas. O presidente ressalta que os exemplos de lockdown no Brasil não tem efeito prático na redução dos casos de infecção, já que não há de fato ações para barrar a circulação de pessoas (o que gera a proliferação do vírus).

Durante reunião remota na tarde de hoje com a diretoria da Fiemt, Gustavo afirmou que é preciso garantir o isolamento social por outras medidas que não as que provocam o fechamento do comércio e indústria. O presidente mostrou que atualmente a taxa de isolamento em Mato Grosso está abaixo de 37% de segunda a sexta. “Nas últimas semanas, nos domingos em que deveríamos atingir a média de até 70% de isolamento, ficamos em torno de 45%. O ideal é que a gente consiga elevar esses patamares para algo em torno de 55% (nos dias úteis)”.

Por conta disso, Gustavo pediu ajuda dos demais diretores e membros da Fiemt para elaborar propostas que evitem o lockdown, mas elevem o índice de isolamento social. “A experiencia de Manaus e de outros locais nos mostram que teremos 60 dias muito difíceis pela frente. Não é nossa meta ter lockdown, nem parar a economia, mas apoiar a construção de 55% de isolamento das pessoas”.

“Conversei com empresários que se mostraram dispostos a, pelo período de um mês até 45 dias, alternar tudo nas empresas, colocar metade da equipe num dia e a outra metade no outro. Estamos conversando com grandes empresas que já tem boa parte de sua equipe em home office permanente”, completou.

Por fim, Gustavo garantiu que as propostas definidas na reunião serão levadas à Assembleia, durante debate da proposta a ser apresentada pelo governador. Do Olhar Direto

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