Na madrugada deste domingo (4), o ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), emitiu intimação ao prefeito de Belo Horizonte (MG), Alexandre Kalil, para que esclareça “as providências tomadas, sob pena de responsabilização, inclusive no âmbito criminal, nos termos da lei” e cumpra “com máxima urgência” a decisão que permite a realização de cultos e missas presenciais .
A medida foi tomada por Nunes Marques após Kalil declarar nas redes sociais que a capital mineira iria acompanhar a decisão tomada pelo plenário do STF , que decidiu pela não realização de celebrações presenciais em templos e igrejas, e que manteria tal decisão mesmo com a liminar expedida pelo ministro.
Comunicadas sobre a decisão, a Polícia Federal do estado de Minas Gerais e a Procuradoria-Geral da República foram autorizadas a garantir o cumprimento da liminar em caso de possíveis “resistências” e adotar as “providências cabíveis” para que isso ocorra. De acordo com o ministro, a “declaração pública de uma autoridade de que não pretende cumprir uma decisão” é grave.
Perseguição na web
Nas redes sociais, o prefeito acabou virando alvo de diversos ataques e críticas por conta de sua decisão. Entre os principais nomes, aparecem o deputado estadual Bruno Engler (PRBT-MG), que questionou a autoridade de Kalil para tomar tal decisão, e o deputado federal Sóstentes Cavalcante (DEM-RJ), que o chamou de “louco” e “bobão” e incitou “todos de BH” a celebrar a Páscoa.
Já o pastor Silas Malafaia disse em publicação que Kalil é “inescrupuloso” e “bobalhão”, ressaltando ainda que “decisão liminar da Justiça se cumpre”: “As igrejas em BH podem ter culto nesse domingo. O prefeito de BH não tem autoridade mais sobre o assunto”.
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