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Bolsonaro entra com ação no STF contra Fátima por decreto do toque de recolher

 

DECRETO DE BOLSONARO, Bolsonaro entra com ação no STF contra Fátima por decreto do toque de recolher

O presidente Jair Bolsonaro, representado pela Advocacia-Geral da União (AGU), ingressou nesta quinta-feira (27), no Supremo Tribunal Federal, com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade contra medidas restritivas denominadas “lockdown” e toque de recolher decretadas por governadores.

Um dos alvos da ação é a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), que tem editado decretos com a instituição de toques de recolher. Atualmente, o toque de recolher em vigor proíbe a circulação de pessoas nas ruas das 22h às 5h do dia seguinte.

A ação pede que o STF declare o toque de recolher uma medida inconstitucional e, com isso, derrube parte dos decretos restritivos. Também são alvos da ação decretos editados pelos governos de Pernambuco e do Paraná.

Em nota, a AGU informou que “o intuito da ação é garantir a coexistência de direitos e garantias fundamentais do cidadão, como as liberdades de ir e vir, os direitos ao trabalho e à subsistência, em conjunto com os direitos à vida e à saúde de todo cidadão, mediante a aplicação dos princípios constitucionais da legalidade, da proporcionalidade, da democracia e do Estado de Direito.”

A ação proposta pelo chefe do Poder Executivo não questiona decisões anteriores do STF, que reconheceram a competência dos entes subnacionais na adoção de medidas de enfrentamento da pandemia. Porém, considera que algumas dessas medidas não se compatibilizam com preceitos constitucionais inafastáveis, como a necessidade de supervisão parlamentar, a impossibilidade de supressão de outros direitos fundamentais igualmente protegidos pela Constituição e a demonstração concreta e motivada de que tais medidas atendem ao princípio da proporcionalidade.

Para além de apontar a invalidade jurídica desses decretos, a ação defende que a necessária proteção à saúde deve ser conjugada com a proteção mínima das demais liberdades fundamentais e, ainda, deve considerar os devastadores efeitos que medidas extremas e prolongadas trazem para a subsistência das pessoas, para a educação, para as relações familiares e sociais, e para a própria saúde – física e emocional – da população, especialmente a mais vulnerável, conforme demonstram publicações científicas que acompanham a petição inicial.

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