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OS MENUDOS ESTÃO DE VOLTA, NA CCJ



Não são umas gracinhas?


Jovens, com sobrenomes famosos e decididos a alcançar o estrelato na política, seis deputados fazem barulho na principal comissão da Câmara

Se os recrutadores da nova formação do grupo musical Menudos – que buscam novos talentos em reality shows nos Estados Unidos para a boy band, febre nos anos 80 entre crianças e adolescentes – baixarem na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, encontrarão um conjunto mais que completo.

Em vez de um quinteto, como era a formação original dos porto-riquenhos, a mais poderosa comissão da Casa reúne seis parlamentares que, devido à pouca idade e ao sonho em comum de fazer sucesso no palco político, já ganharam dos colegas mais experientes o apelido que remete à famosa banda.

No lugar de Charlie, Ray, Roy, Robby e Ricky, para citar a versão mais conhecida do grupo, na Câmara, os holofotes procuram os deputados Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), 28 anos, Bruno Araújo (PSDB-PE), 35, Efraim Filho (DEM-PB), 28, Felipe Maia (DEM-RN), 34, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), 27, e Maurício Quintella Lessa (PR-AL), 36.

O grupo pode até não ser dos mais afinados, como mostraram as recentes disputas travadas na CCJ em torno da instalação da CPI do Apagão Aéreo. Afinal, apenas Maurício e Leonardo são governistas; os demais fazem oposição ao governo Lula (leia mais). Mas quem disse que os Menudos primavam pela excelência musical?

Política como música
Divergências partidárias à parte, os deputados reúnem tantas características em comum que ninguém duvida que o sexteto possa tocar junto. Jovens, com grandes ambições políticas, vaidosos – não dispensam o gel no cabelo nem os ternos de corte moderno –, os seis também são herdeiros da “velha guarda”, que há décadas conhece os caminhos do poder.

O mais famoso deles, ACM Neto, traz no nome a referência ao avô senador, assim como Efraim, filho do também senador Efraim Moraes (DEM-PB). Tal como o colega paraibano, Felipe também estréia na Câmara sob o olhar atento do líder do DEM (novo nome do PFL) no Senado, José Agripino (RN), seu pai. Bruno, outro novato, é filho do ex-deputado estadual pernambucano Eduardo Araújo.

Mais jovem presidente a assumir o comando da principal comissão da Casa, Leonardo aprendeu a fazer política com o pai, o deputado estadual Jorge Picciani (PMDB), presidente da Assembléia Legislativa do Rio. Maurício, o mais velho da turma, é primo do ex-governador de Alagoas Carlos Lessa. Por herança ou mérito próprio, os seis começam a vida parlamentar em condição privilegiada, ocupando a mais cobiçada das comissões permanentes. Na CCJ, são analisados os aspectos constitucional, legal, jurídico, regimental e de técnica legislativa de todas as proposições que tramitam na Casa.

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