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A arte de cultivar inimigos na política

"A escolha dos nossos inimigos deve ser tão criteriosa quanto a escolha dos amigos. Amigos e inimigos não devem ser eleitos ao bel prazer ou desprazer do momento quando se trata de política. Aliás, em política não devemos ter amigos e inimigos.

Devemos ter aliados e adversários. Algumas vezes, adversários se tornam amigos, como foi o caso de Luiz Eduardo Magalhães com José Genoíno e Miro Teixeira.


(...) A escolha de amigos e inimigos, aliados e adversários é a chave do sucesso na política. Lula sempre escolheu bem. Ao mesmo tempo que atacava as elites e o FMI, sempre conversou bem com o sistema financeiro e nunca deixou de ser alguém confiável para eles.


Ao atacar as elites, ia contra algo que é disforme, sem rosto, incompreensível para as massas. Ao investir contra o FMI, agredia o inimigo externo.


Aquele que sempre é o responsável pelas nossas mazelas, já que em países como o nosso, a autocrítica é algo praticamente inexistente."


O trecho acima é do artigo semanal de Murillo de Aragão, mestre em Ciência Política, doutor em Sociologia pela UnB e presidente da Arko Advice – Análise Política. Leia aqui

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