Deu na Folha de S.Paulo
Representante de entidade para a região diz que governo Lula poderia influenciar Havana a melhorar direitos humanos
Representante de entidade para a região diz que governo Lula poderia influenciar Havana a melhorar direitos humanos
Em carta a ser publicada hoje, organismo exortará regime castrista a libertar presos políticos e a revogar leis que permitem repressão
A Anistia Internacional questionou o silêncio brasileiro em relação a Cuba, afirmando que o país "deveria mostrar um nível maior de integridade em relação aos direitos humanos" para ocupar o papel que almeja no palco global. Em carta publicada hoje, a entidade exorta o governo cubano a revogar as leis que permitem a repressão e a soltar todos os chamados prisioneiros de consciência.
"Direitos humanos são universais e indivisíveis. Se o Brasil quer ter um papel maior no cenário internacional e se envolver com organismos da ONU, como vem tendo, deveria mostrar um nível maior de integridade em relação aos direitos humanos e mais coerência", afirmou à Folha, por telefone, Kerrie Howard, a vice-diretora do grupo para as Américas.
"Não se pode criticar a questão dos direitos humanos apenas quando é conveniente."
Howard afirmou que o Brasil tem exercido papel importante para o avanço dos direitos humanos pelo mundo. A resposta anterior veio para a pergunta sobre a política do país de se calar em fóruns internacionais sobre acusações de violações por governos como Cuba, Irã, Coreia do Norte e Sudão.
Apesar de algumas exceções -como o recente pedido a Teerã para receber os relatores da ONU-, tradicionalmente o Itamaraty abdica de críticas e cobranças alegando se tratar de um instrumento de pressão menos efetivo que o diálogo.
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