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Entre Tiririca e os políticos de carreira, fico com o palhaço

Por Emanoel Gomes

O fato é o mais comentado no país, mais até que a própria disputa à presidência. Diante disso, não poderíamos deixar de tomar posição, como também comentá-lo.

Tiririca, o então esquecido palhaço e cantor, foi o deputado federal mais votado nestas eleições. Ele, e muitos outros artistas e esportistas, classes que não faziam parte das fileiras da política no Brasil. Antes que eu esqueça, não citarei os apresentadores de televisão e rádio, pois estes já se tornaram políticos de carreira há algum tempo.

Vamos ao que interessa. Os amadores da política deixaram para trás experientes e consagrados ““representantes”” do povo, entre eles podemos citar José Genoino, Luciana Genro, Tasso Jereissatti e Marco Maciel, que não se elegeram. Entre os artistas e esportistas que se candidataram, citamos o Netinho do Grupo de Pagode Negritude Junior, que conquistou a bagatela de 7.772.927 votos; Wagner Montes (eleito) com 528.628 votos; Danrlei Goleiro (eleito) com 173.787 votos; Romário (eleito) com 146.859 votos; Stepan Nercessian (eleito) com 84.006 votos; Marcelinho Carioca com 62.395 votos; Leandro do KLB com 62.398 votos; Miryan Rios (eleita) com 22.169; Bebeto do Tetra (eleito) com 28.328; e Batoré com 23.042 votos.

Outros menos votados, porém presentes nas eleições foram Tati Quebra Barraco com 1.052 votos; Mulher Melão com 1.631 e Simony com 6.993. Vimos estes artistas e esportistas deixando velhos políticos consagrados para trás, agora sem emprego fixo e bom salário por quatro anos. Vem à tona a discussão, como devemos encarar isso?

Os derrotados nas urnas logo fizeram frente à questão e plantaram seus discursos de repúdio.

Segundo eles, o motivo desse time de futebol completo assumindo o congresso, bem como deste elenco de artistas e comediantes tomando suas vagas, é o “puxa votos”, o que, a meu ver, não passa de uma forma de não aceitarem o descontentamento do povo com suas atuações nos últimos anos.

Isso é fato, pois a maioria dos mais de um milhão de eleitores do Tiririca mal sabe o que significa esse “puxa voto”. Depositaram seu voto no palhaço SIM, mas como forma de demonstrar a INSATISFAÇÃO e a FALTA DE OPÇÕES entre os políticos hoje presentes no cenário nacional.

Nesse embate, surge a política pacifista defendendo a tese de que esta não é a melhor forma de se protestar. Pergunto, qual seria o melhor protesto? Não votar e sofrer as conseqüências, que são várias, diga-se de passagem, ou buscar ajuda no judiciário?

O poder que não depende de votos. O judiciário, a o judiciário, este não consegue sequer decidir se os candidatos com “fichas sujas” podem continuar sujando-as por mais 4 anos, em prejuízo dos mais de cento e oitenta milhões de brasileiros.

Reafirmo que fico com o Tiririca, frente aos políticos de carreira que ora se apresentam, como forma de alertar o povo da real situação que nossa democracia atravessa. Aproveito também, antes de encerrar, para alertar a todos que não se assustem caso, no decorrer do período entre eleições, surja uma dupla sertaneja formada por Joaquim Roriz e Maluf, ou um grupo de pagode formado por Luciana Genro, Tasso Jereissatti e Marco Maciel, ou até mesmo surja um velho político tentando a carreira de “Palhaço”, buscando ser eleito novamente. Pois é isso, “palhaços”, no sentido pejorativo da palavra, que eles pensam que somos.

É Historiador pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro; e-mail: emanoelsousa.sousa@hotmail.com

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