O corte no orçamento 2011 para “equilibrar” a economia brasileira - versão oficial - “mordeu” R$ 5,1 bilhões do Minha Casa, Minha Vida.
O bloqueio corresponde a um recuo de 40% da dotação orçamentária, que era de R$ 12,7 bilhões. Atinge em cheio o programa de distribuição de casas aos brasileiros pobres. Como o Minha Casa, Minha Vida está inserido no PAC 2, lançado para inflar a candidatura de Dilma Rousseff (PT) em 2010, fica caracterizado o “calote eleitoral”. Não é só isso.
Os R$ 50 bilhões “congelados” atingem em cheio a parcela de brasileiros que sonhavam em ingressar nos quadros do funcionalismo público.
O governo não vai realizar nenhum concurso público este ano. Todos os certames serão postergados, segundo a secretária do Orçamento Federal do Ministério do Planejamento, Célia Correa. “Até mesmo aqueles que tinham sido realizados e não tiveram curso de formação concluído, também serão postergados”, alertou Cecília.
Acrescente-se que todas as nomeações previstas para este ano também estão suspensas. A pancada ainda atingirá o bolso dos servidores, uma vez que o governo não dará nenhum reajuste salarial, como forma de manter o equilíbrio financeiro.
Observe que estamos apenas concluindo o segundo mês do governo Dilma, o que sugere que ela sabia do desequilíbrio financeiro do País, provocado, em parte, pela campanha eleitoral, quando o governo se permitiu a todas as aventuras com o cofre público para eleger a sua candidata.
Um retrô no programa eleitoral de Dilma vai ver a candidatura garantindo a ampliação do Programa Minha Casa, Minha Vida, a realização de concursos públicos e prometendo realizar todas as obras do PAC 2.
Tudo muito bonitinho, que não permitia falar de dificuldades financeiras, muito menos em corte no orçamento. O cidadão brasileiro acreditou.
A candidata de Lula ganhou as eleições. Agora, surge a verdade negada no palanque. O governo vai arrochar o cinto, com a dor na cintura dos que dependem exclusivamente da assistência pública. César Santos
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