Vai e vem e o tema Reforma Tributária volta à pauta. Ele retorna à discussão, mas não há quem assegure que será viabilizado. Exatamente porque o jogo de interesses é muito grande. Ninguém pensa no macro.
No próprio parlamento, que é o lugar onde se imaginava que as lideranças conversassem e se entendessem, não se chega a um denominador comum em torno dessa temática, exatamente porque o cabo-de-guerra envolvendo os interesses dos estados é o que tem prevalecido. Mas, há quem diga, mesmo assim, que a Reforma Tributária agora vai sair porque ela está na pauta do governo e também do Legislativo.
A esperança é que se faça uma espécie de pacto federativo, que a história nos mostra que em muitos países foi alcançado depois de muitas guerras e revoluções civis. Será que aqui entre nós vamos precisar de chegar a tanto? Esperamos nós, cidadãos, que não se parta para o tudo ou nada numa disputa bélica para, enfim, termos a tão sonhada Reforma Tributária.
A falta de entendimento reside no seguinte aspecto: São Paulo, que responde por 42 por cento da produção industrial brasileira, não quer perder sua receita e, pelo contrário, quer é ampliá-la. Os estados consumidores, por sua vez, querem que o imposto seja gerado na ponta do consumo, ou seja, onde eles estão.
E enquanto não se chega a um entendimento, as discussões seguem sem nunca serem finalizadas. Agora, por último, se disse que a Reforma Tributária vai sair, sim, mas será pela via do fatiamento. Ou seja, será fatiada. Que saia então, mesmo que seja dessa maneira.
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