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FOI TARDE: Primeira-dama envolvida em esquema de corrupção pede demissão

A primeira-dama Rosely Nassim Jorge dos Santos, apontada como centro do suposto esquema de corrupção, fraudes em licitações e desvios de recursos públicos desmantelado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), voltou à sede do Ministério Público do Estado de São Paulo em Campinas na tarde desta quinta-feira para prestar depoimento. Ela havia se apresentado espontaneamente nesta quarta-feira e, segundo nota divulgada pela assessoria de imprensa da Prefeitura, manteria silêncio enquanto não tivesse conhecimento sobre as conversas gravadas e detalhes da investigação.

Acompanhada do advogado Eduardo Carnelós, Rosely não falou com a imprensa. Em férias ela pediu nesta quinta-feira a exoneração irrevogável do cargo de secretária-chefe de Gabinete. O pedido, aceito pelo marido e prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT), foi feito após o comparecimento da então secretária ao Ministério Público, onde permaneceu por quase três horas.

Além dela, compareceu ao Gaeco o empresário Maurício Manduca, apontado como um dos lobistas do suposto esquema. Manduca apresentou-se à Justiça nesta quarta-feira. Com prisão decretada no dia 20, quando 11 pessoas foram presas em megaoperação da polícia e Ministério Público, o empresário foi encaminhado à cadeia do 2º Distrito Policial nesta quarta-feira, para onde voltou depois de deixar a Promotoria.

Na sede do Gaeco, Rosely e Manduca foram questionados se se conheciam. Segundo o advogado do empresário e assessores de Rosely, ambos disseram nunca terem conhecido um ao outro. Ao lado do também empresário Emerson Geraldo de Oliveira, que se apresentou à Corregedoria da Polícia Civil na segunda-feira e prestou depoimento no Gaeco, Manduca era considerado ponte entre prefeitos e empresários envolvidos na suposta organização que, segundo as investigações, teria causado prejuízos de R$ 615 milhões aos cofres públicos.

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