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Vereadores são acusados de ameaçar prefeito e exigir mensalinho e propina em Sorriso, no Mato Grosso

Três vereadores e uma empresária da cidade de Sorriso, no Mato Grosso, foram presos nesta sexta-feira em operação liderada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público estadual. Foram presos o vereador e ex-presidente da Câmara Municipal Francisco das Chagas Abrantes e os vereadores Gerson Luiz Frâncio e Roseane Marques de Amorim, além da mulher de Abrantes, Filomena Maria Alves do Nascimento Abrantes, dona de uma emissora de tevê local. Sorriso é uma das maiores cidades produtoras de soja do país e a sétima maior do Mato Grosso.
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Segundo o MP, eles são acusados dos crimes de formação de quadrilha e concussão contra o Executivo Municipal. De acordo com as investigações, o prefeito Clomir Bedin, o secretário de Indústria e Comércio Santinho Augusto Salermo e o procurador do Município Zilton Mariano de Almeida estavam sendo coagidos a pagar propina que variava de R$ 50 mil a R$ 500 mil, sob ameaça de reprovação das contas do município de Sorriso referente ao exercício de 2009. Eles eram ameaçados ainda de que a Câmara instauraria uma CPI para apurar possíveis irregularidades na destinação de verbas da Prefeitura para a imprensa.

Além de ameaçar não aprovar projetos do Executivo, eles são acusados de usar uma emissora de TV local de propriedade de dois dos acusados para denegrir a imagem política do atual prefeito.

O MP afirma que Abrantes chefiava a quadrilha e o vereador Gerson Frâncio era responsável pela intermediação nas negociações entre os poderes. O caso foi revelado durante gravações onde Gerson aparece pedindo R$ 100 mil de propina em beneficio próprio. Já a vereadora Roseane exigiu um emprego para o namorado, conserto de seu veículo, e pagamento de R$ 3 mil mensais por tempo indeterminado, a título de "mensalinho".

Abrantes e a mulher dele foram flagrados exigindo o repasse de verba mensal entre R$ 8 mil e R$ 10 mil que seriam direcionados à emissora de televisão de propriedade do casal, como espécie de venda da mídia da Prefeitura. O acordo consistia em que os programas de televisão parassem de fazer críticas que desabonassem a imagem política do prefeito.

Ainda de acordo com o MP, em uma outra conversa com os representantes do executivo, Abrantes e Frâncio determinaram que o Grupo Gaspar fosse beneficiado em um processo licitatório para realização dos trabalhos de urbanização nas margens da BR 163, no Distrito de Primavera, pertencente ao município de Sorriso, cuja obra estava avaliada no valor de R$ 324 mil.

"A transação envolveria o saldo economizado do duodécimo da Câmara Municipal que deveria ser devolvido para a Prefeitura, bem como a quitação de dívidas fiscais devidas pelo dono da construtora ao Município de Sorriso. Vale ressaltar que a empresa estava impedida de participar de licitações por ter débitos no valor de R$ 126 mil de IPTU com o Município", explica o MP. O Globo/Brasil da Corrupção

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