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“Prefeito biônico” de Tangará assume sob temor popular de novos escândalos

Edilson Almeida
Redação 24 Horas News

O novo prefeito de Tangará da Serra, Saturnino Masson, eleito de forma indireta para ocupar o cargo pelos próximos 15 meses, assumiu o cargo sob total desconfiança popular. E motivos não faltam: ex-prefeito da cidade por dois mandatos, Masson foi afastado da política por ter as contas reprovadas, recebido condenação criminal e ficado legalmente inelegível por 8 anos. Integra assim a extensa lista de políticos que expuseram a cidade ao escândalo, entre 1993 e 1996

Não bastasse isso, existe ainda um componente ainda mais preocupante: Masson chega ao seu terceiro mandato – agora pelo sistema biônico, supostamente pelas mãos de seu antecessor titular, Júlio César Ladeia. Afastado do cargo por decisão judicial, o ex-prefeito responde a diversas ações civis por improbidade administrativa e acusado de ter promovido prejuízos na ordem de R$ 6 milhões ao município, com desvios na saúde.

O deputado Wagner Ramos, considerado um dos principais expoente pressionou vereadores do partido as políticos do município de Tangará da Serra no momento, também teria pedido votos para  Saturnino.

Os vereadores que apoiaram Masson na eleição indireta são: João Batista Neri de Almeida, o João Negão (PMDB); Roque Fritzen (PDT); Miguel Romanhuk (DEM); José Pereira Filho, o Zé Pequeno (PT); Vânia Regina Ladeia Trettel (PR); Wellington Bezerra (PR) e Fábio da Silva Brito (PSDB).

Um dia antes da eleição, empresários, representantes de clubes de serviço, sindicatos e associações compareceram à Câmara Municipal. Eles foram ao gabinete de todos os vereadores e protocolaram documento exigindo postura ética dos parlamentares nas eleições indiretas. O manifesto conta com 45 assinaturas de representantes da sociedade organizada.

No documento eles lembram que num passado recente quatro vereadores tiveram seus mandatos cassados como consequência dos votos que deram na Câmara Municipal. Eles cobram dos atuais vereadores que não elejam quem no passado comprovadamente cometeu malversação dos recursos públicos. “Vocês têm nas mãos a chance de errar ou acertar”, diz o documento. “O Povo de T angará já está muito cansado com a administração que vem acontecendo. Estamos ficando pra trás de muitas cidades na parte de saúde, de educação” – dizia o manifesto.

Com o documento assinado, cada vereador também recebeu cópias de pareceres do Tribunal de Contas do Estado e cópia de decreto legislativo quanto a rejeição de contas da Prefeitura Municipal no ano de 1995. Depois  o grupo seguiu para o Ministério Público onde entregou cópia do documento com os protocolos dos vereadores – demonstrando que todos os parlamentares tiveram acesso às informações.

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