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Deputado dado como certo em secretaria da Copa 2014 de Mato Grosso é descartado após ser citado pela revista Época como defensor de interesses escusos de empreiteira


Não foi por acaso que o governador Silval Barbosa (PMDB) decidiu não nomear, no dia (19.04), o deputado federal Wellington Fagundes, do PR para comandar a Secopa (Secretaria Extraordinária da Copa do Pantanal).

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Nos bastidores do Palácio Paiaguás, corria a informação de que o parlamentar poderia ser citado em uma reportagem que a Revista Época, das Organizações Globo, publicaria neste final de semana. 

Escaldado pelo tumulto político provocado pela demissão de Eder Moraes da secretaria, e receoso de fazer uma escolha que lhe pudesse render mais problemas, Silval convocou alguns assessores e decidiu: empurraria a decisão para a semana que vem – inclusive para aguardar a edição da Época que vai chegar às bancas neste sábado.

Ao final da reunião que manteve ontem à tarde com a cúpula do PR – que indicou Wellington Fagundes para a Secopa -, Silval comunicou aos presentes que precisava de um tempo para avaliar os desdobramentos políticos relacionados à indicação. 

Na verdade, segundo fontes palacianas, esse foi o pretexto encontrado para não decidir, naquele momento, e bater o martelo. “O governador não pode nomear hoje e ter que demitir no dia seguinte. Tampouco trazer para o seu colo as atenções geradas por uma manchete da revista de circulação nacional”, disse uma fonte.

No início da noite de ontem, Silval Barbosa completou o plano e anunciou a nomeação de Maurício Guimarães, secretário-adjunto, como interino na Secopa. 



Bingo

A estratégia de Silval Barbosa revelou-se providencial. A Revista Época divulgou em seu site, à 00h14 de hoje (20), uma reportagem com Luiz Antônio Pagot, ex-diretor-geral do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). 

Assinada pelo repórter Murilo Ramos, a reportagem traz à tona um pouco mais sobre os bastidores das relações nada republicanas da Delta Construções e do bicheiro Carlinhos Cachoeira com os Poderes. “Fui afastado pela negociata de uma empreiteira com um contraventor”, reclamou Pagot.

Em trecho da entrevista, o ex-diretor do Dnit fala sobre a pressão que recebia de parlamentares federais em defesa da Delta. 

“Alguns parlamentares defendiam a empresa. Durante a discussão do projeto da Travessia Urbana de Ubatuba (SP), por exemplo, o deputado Valdemar Costa Neto disse pra mim que quem tinha de vencer era a Delta. Era uma obra de R$ 150 milhões”, disse.

Questionado pelo repórter sobre quem mais defendia a Delta, Pagot disse: “O deputado federal Wellington Fagundes (PR-MT) fez pressão para que o DNIT diminuísse o rigor no episódio em que se decidiu pelo desmanche dos trechos da BR-163 (Serra de São Vicente-MT) que estavam com a camada de concreto fora das especificações. Wellington cobrava celeridade na obra. Não disse, mas obviamente estava lá por interesse da Delta”.

Segundo a Época, Wellington Fagundes não respondeu os questionamentos feitos até o fechamento da reportagem. O MidiaNews também tentou entrar em contato com o parlamentar na manhã de hoje, por meio de seu telefone celular. As ligações não foram atendidas.

Em uma primeira análise, as declarações de Pagot sobre Wellington podem soar inofensivas - ou superficiais. 

Mas, em um momento político como o atual, em que escândalos envolvendo empreiteiras e políticos brotam aos montes - some-se os fatos novos que surgirão por meio da "CPI do Cachoeira", instalada recentemente pelo Congresso Nacional -, não é exagero afirmar que Fagundes pode dar adeus às suas pretensões de assumir a secretaria mais importante do governo Silval Barbosa. MidiaNews 



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