Redação DS - Data do Arquivo: 17/4/2012
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O cenário político de Tangará da Serra para as eleições municipais ganhou esta semana mais uma novidade. Quatro partidos anunciaram a formação de uma “Frentinha”. A intenção das agremiações é o fortalecimento para a conquista de outros partidos políticos visando a apresentação de um projeto próprio para a campanha pela Prefeitura Municipal e Câmara nas eleições deste ano. Este é o terceiro conjunto de partidos a confirmar aproximação com objetivo de firmar coligações nas convenções de junho. O primeiro foi o chamado “Blocão” (PTB, PRB, PP, PT e PMDB), o segundo foi o chamado “Novo Bloco” (DEM, PR e PDT) e o terceiro agora é a “Frentinha” (PC do B, PRP, PMN e PTN).
“Queremos ser protagonistas nesta eleição. O termo Frentinha é um termo carinhoso que a gente adotou porque somos partidos considerados relativamente pequenos, mas com uma grande carga ideológica, uma grande carga de qualidade dos nossos filiados. A frente é formada pelo PMN, PRP, PTN e PC do B, por enquanto. Nós estamos convidando mais partidos a entrar nessa frente com o intuito de nos fazermos representar”, conta o único pré-candidato do grupo até o momento, Giovani Stoinski, que também é presidente do Comitê Municipal do Partido Comunista do Brasil (PC do B). Giovani não confirma, mas também não nega que a formação da “Frentinha” seja uma reação a criação de outros blocos de partidos. “Temos visto muita gente antecipando muita coisa e acho que está muito cedo para se falar se aquele blocão, ou bloquinho, ou A ou B ou C está maduro para esta eleição. A gente vai conversar com todo mundo, a gente vai ouvir todo mundo, vamos trazer para nossos partidos e vamos tomar o melhor posicionamento”, afirma Stoinski. Já o presidente do Partido Republicano Progressista (PRP), Dorjival Silva, diz que o motivo da união é o menosprezo que os partidos têm percebido por parte de partidos considerados maiores. “Quando se referem aos partidos chamados menores, pequenos, tratam com desdém, como se os pequenos fossem uma bucha, alguma coisa para ajudar, sem muita importância. Meu entendimento é diferente. Nós não temos 1.300 filiados ou 800 ou 500, meu partido por exemplo tem 200 filiados, mas nós no contexto político nos entendemos tão importantes como os grandes”, explica. Silva diz reconhecer que partidos com mais tempo de televisão são mais disputados, uma vez que a campanha em rádio e televisão exerce grande importância na disputa política, mas considera que o poder de militância e engajamento dos partidos menores pode fazer a diferença na campanha corpo-a-corpo. “Ficamos olhando os grandes se unindo de um lado, os médios se unindo do outro e sem aquela perspectiva destes nossos partidos que compõe a Frentinha. E entendemos que devíamos nos organizar também. Porque se fechar com os médios, fechar com os grandes e deixar os pequenos a deriva, de qualquer jeito, para servir apenas de bucha? (…) Não é porque somos pequenos, temos pouco tempo de televisão que vamos nos acovardar. Vamos [para a campanha] sim, vamos no gogó, vamos se preciso for, de casa em casa, falar com todo cidadão, panfletar todos os lares do Município, se for o caso. Estamos dispostos a fazer isso”, revela Dorjival. PRÉ-CANDIDATOS – Apesar de já contar com quatro partidos a “Frentinha” tem apenas dois pré-candidatos para prefeito e vice-prefeito: Giovani Stoinski (PC do B) e Mário Robson (PTN). Porém, o grupo se diz aberto a conversação com outros partidos que tenham nomes a apresentar, com a intenção e ampliar o número de agremiações. “A política tangaraense precisa da democracia popular, unindo o pensamento e a ideologia dos partidos. Eu acredito que com esse movimento que estamos juntos construindo, a postura da política tangaraense tende a mudar e está será, não tenho dúvidas, a maior frente para estas eleições”, afirma Mário Robson, presidente do Diretório Municipal do Partido Trabalhista Nacional (PTN). Para Fábio Santana Borges, vice-presidente do Diretório Municipal do Partido da Mobilização Nacional (PMN), o espaço está aberto para que mais agremiações somem com a “Frentinha”. “Não somos um bloco fechado, estamos para ouvir e o mais importante é que não estamos pensando em partido grande. A gente não escolheu a Frentinha, a gente tem ideologia partidária e estamos construindo a Frentinha”, conclui Fábio. |
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