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MT: Os três pré-candidatos da situação estão envolvidos na investigação da Polícia Federal, diz cientista político


A dificuldade da base governista em escolher quem disputará o comando do Palácio Paiaguás teria, entre seus motivos, os desdobramentos da operação Ararath. Os três pré-candidatos à vaga de governador estão, de alguma forma, envolvidos na investigação da Polícia Federal. 


É o que afirma o cientista político João Edisom de Souza, para quem o grupo tem buscado o menos atingido pelo escândalo. “Todos foram citados em algum momento no inquérito e isso embasará os discursos do oponente [o senador Pedro Taques, do PDT]”, analisa. 

Estão na briga pela candidatura na base aliada o ex-juiz federal Julier Sebastião da Silva (PMDB); o ex-vereador por Cuiabá, Lúdio Cabral (PT); e o vice-governador Chico Daltro (PSD). 

O peemedebista chegou a ser alvo de busca e apreensão. Teve sua casa e gabinete vasculhados e diversos documentos apreendidos. 

Os investigadores chegaram a Julier a partir de interceptações de telefonemas do advogado Thiago Vieira de Souza Dorileo, grampeado na primeira fase da Operação. 


As suspeitas eram de que Julier, à época ainda juiz, teria beneficiado a construtora Encomind em um processo que tramitava em sua vara. 


Lúdio foi vinculado às investigações devido à sua ligação com o ex-secretário de Estado Eder Moraes (PMDB), preso em Brasília. O peemedebista foi coordenador financeiro de campanha do petista em 2012, quando este tentava se eleger prefeito de Cuiabá. 

Já Chico Daltro é vice-governador e, em tese, teria ciência dos atos do governador Silval Barbosa (PMDB), acusado de realizar empréstimos em “bancos clandestinos” e pagá-los com recursos públicos

João Edisom acredita também que a Copa do Mundo não tem colaborado com a base governista. Para ele, ao fim do campeonato o grupo sofrerá um desgaste ainda maior, devido às obras que ficaram inacabadas. 

“A sociedade vai querer ver a conclusão das obras após a Copa do Mundo e ainda não se sabe como o governo vai lidar com isso, pois é ano eleitoral e os investimentos não poderão mais ser feitos”, diz, completando que o bloco sofrerá também com um possível “enfraquecimento do governo. Silval é o mais pesado no palanque. O candidato escolhido terá que saber lidar com este peso”, pontua. (KA) 


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