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Gestão das OSSs está com dias contados em MT, garantem candidatos

Se o discurso adotado pelos candidatos ao governo do Estado for cumprido a partir de janeiro de 2015 quando o eleito em outubro assumir o comando do Estado, as Organizações Sociais de Saúde (OSSs) estão com os dias contados. Isso porque 4 dos 5 candidatos ao governo afirmam serem contrários à gestão das OSSs implantada, sob polêmica e queda de braço com os profissionais da área médica, sindicatos e militantes que defendem melhorias na saúde pública. No Estado, a primeira unidade entregue à uma OSS foi o Hospital Metropolitano de Várzea Grande, em agosto de 2011, época em que o hoje condenado no mensalão, Pedro Henry (PP), era secretário estadual de Saúde.
Cada um dos 4 candidatos ouvidos pelo Gazeta Digital afirma que caso seja eleito, vai extinguir o contrato com as OSSs e trazer de volta a gestão para a responsabilidade do Estado. Vale destacar que o Estado retomou a administração de 3 hospitais antes gerenciados pelo Instituto Pernambucano de Assitência Social (Ipas), primeira OSS a atuar em Mato Grosso. A medida foi adotada em virtude de várias irregularidades.
A saúde é uma das áreas consideradas mais críticas em Mato Grosso e, principalmente em Cuiabá. Dessa forma, todos os candidatos ao governo estão de olho nessa demanda e na insatisfação dos mato-grossenses. Uma enquete elaborada pelo jornal A Gazeta e reproduzida no portal Gazeta Digital no mês passado, durante 1 semana, perguntou aos leitores e internautas qual área os candidatos de Mato Grosso precisam priorizar suas propostas e teve o tema saúde escolhido por 60% dos votos. Os outros 2 temas foram educação que recebeu 17% dos votos e segurança que foi a escolhida por 24% dos leitores.
O ex-vereador Lúdio Cabral (PT), candidato ao governo neste pleito, nunca escondeu sua opinião, contrária ao modelo implantado na gestão Silval Barbosa (PMDB), apesar de seu partido integrar a base de apoio ao peemedebista. Quando ele disputou, sem sucesso, a Prefeitura de Cuiabá, em 2012, a não entrega de unidades de saúde do município para a administração das OSSs foi um dos seus motes de campanha. Agora, enquanto candidato ao governo do Estado com objetivo de ser o sucessor de Barbosa, ele mantém seu posicionamento.
Ele garante que se for eleito vai retomar a gestão dos Hospitais Regionais e undides sob a gestão das Organizações Sociais de Saúde. Lúdio afirma que a saúde será tratada como prioridade e por isso o Estado deve ter controle direto do serviço. O petista destaca ainda que o custo se mostrou alto com pouco retorno na questão dos atendimentos.
José Marcondes, o Muvuca (PHS), afirmou que também é contra as OSSs e destaca que se for eleito vai eliminar de vez as Organizações Sociais de Saúde. Garante que em seu governo vai trazer a saúde de volta para gestão do Estado. Para ele, o principal problema do setor é a má gestão. Pondera ser inadmissível que medicamentos vencerem no estoque e depois ser incinerado enquanto quem precisa não encontra os remédios nos postos e unidades de saúde.
“Não podemos mais ter operadores terceirizados e quarteirizados gerindo a vida humana”, pontua. Muvuca vai além e destaca que os atuais diretores das OSSs que administram hospitais de Mato Grosso deveriam responder criminalmente pelas mortes, que segundo ele, são registradas no Estado em virtude da falta de remédios e outros problemas.
Por sua vez, o senador Pedro Taques (PDT) que é candidato pelo bloco de oposição também é contrário ao modelo de gestão da saúde que deixa a administração de alguns Hospitais Regionais sob comando de uma OSS. A assessoria de imprensa do pedetista ressaltou que ele sempre foi contrário e deixou isso claro ainda na fase de implantação, em 2011. Taques, caso seja o eleito nas urnas em outubro, sustenta que extinguir as OSSs da saúde pública de Mato Grosso.
Crítico da atual gestão, Taques já disse em outras ocasições ao longo de 2013 que “a saúde pública em Mato Grosso está sendo desmantelada por essa privatização disfarçada”. “O governo chama entidades privadas desconhecidas, entrega o dinheiro e fica esperando que o atendimento aconteça, sem qualquer fiscalização. Isto não é privatizar, é destruir, é fazer sumir o pouco dinheiro que o estado tem pelos ralos da ilegalidade”, consta em pronunciamentos de Taques feitos no ano passado.
O deputado estadual José Riva (PSD), que também teve o nome homologado como candidato, mas aguarda para saber se terá ou não o pedido de registro de candidatura deferido pela Justiça Eleitoral, também é contrário à gestão das Organizações de Saúde. Ele considera a saúde como um dos principais gargalos no Estado e por isso escolheu como vice o médico Aray Fonseca (PP) que já foi secretário municipal de Saúde em Cuiabá em 2005 no primeiro ano de gestão do tucano Wilson Santos (PSDB).
Aray disse que aceitou o desafio para cuidar principalmente, da área da saúde, que segundo, ele está muito ruim em Mato Grosso e em Cuiabá. “Sou contra as OSS, fui secretário de Saúde e melhorei muito a assistência saúde em Cuiabá e não precisei das OSSs”, relatou Aray afirmando que se eleito junto com Riva vai apoiar o projeto de iniciativa popular que pede a saída das OSSs, mas que está parado na Assembleia Legislativa desde 2013. Ele garante que a retirada das Organizações de Saúde é uma das propostas de governo de sua chapa. Mas destaca que isso não será de um dia para o outro, pois existe todo um período para realizar a mudança de gestão. Ele garante que essa é a mesma opinião do deputado José Riva.
José Roberto Freitas Cavalcante (Psol), também candidato ao governo de Mato Grosso foi procurado pela reportagem e preferiu não opinar. Delegou a tarefa à sua assessoria que mesmo procurada não se posicionou sobre a opinião do candidato em relação às OSSs. A Gazeta

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