Em reuniões recentes de análise do cenário eleitoral, empresários de setores vitais da economia definiram a estratégia geral para doações de campanha em 2014. Segundo suas palavras, serão mais restritivos e seletivos, cortando o valor das contribuições para candidatos ao Congresso e mantendo o que é destinado a presidenciáveis no mesmo patamar do pleito de 2010.
A Folha de São Paulo conversou, nas duas últimas semanas, sobre doações de campanha com pelo menos dez empresários de grande e médio portes de bancos, empreiteiras, mineradoras, construção civil e indústria de transformação. Reservadamente, todos repetem a intenção de reduzir não só o valor, mas também o número de pretendentes a deputados federais e senadores financiados.
No caso dos principais presidenciáveis, dizem que haverá dinheiro, mas não na proporção que os candidatos desejam. Pelo menos três empresários revelaram ter participado de reuniões conjuntas para discutir o tema, nas quais foram listados os motivos para reduzir o valor das doações:
1) O caixa das empresas está baixo por causa do ritmo fraco da economia;
2) A ordem é cortar das listas os chamados “traidores”, que são financiados, mas depois não votam com o setor privado nos principais temas;
3) A crescente “criminalização”, como chamam, de contribuições legais.
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