O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, voltou a comentar hoje (10) o depoimento do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef nas ações penais que investigam o esquema de corrupção deflagrado pela Operação Lava Jato da Polícia Federal. O tucano conversou com jornalistas em um hotel na zona sul do Rio, antes de gravar seu programa eleitoral, e criticou posição manifestada pela presidenta Dilma Rousseff, que, em entrevista dada nesta sexta, se disse estarrecida com a divulgação de trechos dos depoimentos durante o período eleitoral.
Aécio disse que é preciso responsabilidade para não se fazer acusações sobre a participação de outros integrantes do governo no escândalo, mas frisou que, se for eleito, irá fundo nas investigações sobre as denúncias de corrupção na estatal. “Eu tenho que ter muita responsabilidade ao fazer qualquer tipo de acusação. Agora nós estamos vendo que a corrupção se institucionalizou no seio de nossa maior empresa. É o tesoureiro do PT, que sustenta a estrutura partidária, acusado de receber esses recursos desviados da corrupção. É preciso que essas investigações avancem, essa primeira delação não pôde incluir nome de pessoas com foro privilegiado. O que eu posso dizer é que, se eleito presidente da República, nós vamos a fundo nessas investigações. Vamos estimular todos esses órgãos, que já cumprem o seu dever constitucional, para que as investigações possam ir no limite do que seja necessário e que todos, absolutamente todos, os responsáveis sejam processados e os culpados, exemplarmente punidos.”
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