ALLINE MARQUES
Oitenta e dois, dos 463
candidatos, deixaram de prestar contas da campanha eleitoral deste ano, o que
representa 17% dos postulantes. O prazo terminou no dia 4 de novembro e eles
não apresentaram os documentos ao Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT).
Os dados constam do relatório divulgado pelo órgão.
Na lista dos inadimplentes
constam candidatos como Murilo Domingos (PR), ex-prefeito de Várzea Grande, e
que disputou uma vaga na Câmara Federal.
Apesar de ele não ter prestado
conta, aparecem várias doações feitas por ele para candidatos do PR a deputado
estadual. Outro do PR que não apresentou as prestações de contas foi Neldo Egon
(PR). Suplente de deputado, ele concorreu a uma cadeira na Assembleia
Legislativa.
O pastor Fábio Sena (PTC) também
consta da lista divulgada pelo TRE/MT dos inadimplentes, junto com Oscemário
Daltro (PMDB), primo do vice-governador Chico Daltro (PSD), Rowles Magalhães
(SD), pivô da denúncia sobre pagamento de propina para realização da obra do
Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), e o jovem representante do movimento
estudantil, Rarikan Heven (PCdoB).
Todos os inadimplentes serão
notificados pela Coordenadoria de Controle Interno e Auditoria do Tribunal para
apresentar os gastos com a campanha eleitoral e suprir a omissão.
Todos os candidatos eleitos no
último pleito em Mato Grosso realizaram a prestação final de contas da campanha
junto ao TRE-MT.
As prestações de contas finais
somente são consideradas recebidas pela Justiça Eleitoral quando for emitido o
extrato da prestação de contas pelo Sistema de Prestação de Contas Eleitorais
(SPCE), ao final do processo de envio, e quando os prestadores de contas
entregarem os documentos exigidos.
Segundo o coordenador de controle
interno do TRE-MT, Daniel Taurines, muitos desses candidatos fizeram a
prestação de contas apenas pela internet, mas não entregaram os documentos ao
TRE-MT.
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