Resumo
O presente artigo descreve
formas, métodos e maneiras de se trabalhar com nossas crianças em sala de aula.
Ao contrário de qualquer outras práticas, o trabalho com crianças necessita de
amor, carinho e afeto para se ter um melhor resultado de educação. O dia a dia
na sala de aula nos mostra como nossas crianças são carentes em relação ao
trabalho com amor e acima de tudo o compreendimento de cada uma, por isso da
escolha desse tema. Através de alguns autores e de práticas em sala é possível
observar no decorrer do artigo como podemos fazer com que o afeto se torne
método de ensino e desenvolvimento da aprendizagem. Para que haja uma formação
plena, é preciso mais do que uma simples transmissão de um conteúdo, é preciso
que a escola e professores se convertam em um ambiente afetivo. Além de tudo é
preciso que o professor olhe nos olhos de seus educandos e pense o que fazer
visando enriquecer e desenvolver a humanidade de cada um deles.
Palavras-Chave: Afeto,
desenvolvimento da aprendizagem e ensino.
Abstract
This article describes forms, methods and ways
of working with our children in the classroom. Unlike any other practices,
working with children need love, care and affection to have a better outcome of
education. The day to day in the classroom shows us how our children are
lacking in relation to work with love and above all compreendimento of each, so
the choice of this theme. By some authors and practices in the classroom can be
seen throughout the article how we can make the affection becomes method of
teaching and learning development. So there is a full training, it takes more
than a simple transmission of content, it is necessary that the school and
teachers provide a nurturing environment. Besides all that it takes the teacher
look into the eyes of their students and think what to do aiming to enrich and
develop the humanity of each.
Keywords: Affection. Development of learning. Education.
Na atualidade vivemos uma
educação, diferente de antigamente. A escola hoje tem muito mais do que o
compromisso de ensinar, de mediar o conhecimento, ela precisa também dar o
amor, o carinho e atenção que muitas vezes não encontram em casa, devido a
falta de estrutura familiar.
As famílias estão cada vez menos
presentes no dia a dia escolar de seus filhos, deixando o verdadeiro sentido do
educar de lado, fazendo com que as crianças fiquem revoltadas com si mesmas e
até com o mundo.
É nesse período escolar que a
família exerce um papel fundamental para a vida da criança, papel esse que
resulta para o desenvolvimento e evolução da criança. O meio que a criança está
inserida é o que a modela para a sociedade geral.
A participação dos pais na
aprendizagem escolar é necessária, a família antes era cúmplice da escola, hoje
já é promotora de erros e
falhas, fazendo com que o maior prejudicado seja seu filho, nosso aluno.
Dessa forma, a família é
essencial para o desenvolvimento do indivíduo, independentemente de sua
formação. É no meio familiar que o indivíduo tem seus primeiros contatos com o
mundo externo, com a linguagem, com a aprendizagem e aprender os primeiros
valores e hábitos que darão os caminhos corretas para a sociedade.
Contudo, como fazer com que a
afetividade se torne importante no meio familiar e escolar, visando o
aprendizado de nossas crianças?
O estudo do artigo e sua escrita
se deu devido a falta de conhecimento de como trabalhar com as crianças de
forma afetiva, principalmente as crianças mais carentes da sociedade visando
então o processo de aprendizagem significativa, trazendo as famílias para a
escola.
Para o presente artigo optou-se
fazer um apanhado de autores que abordam a importância da afetividade,
destacando-se Ana Rita Silva Almeida, Celso Antunes, Gabriel Chalita, Maria
Antonieta Antunes Cunha, Antônio Eugênio Cunha, Ana Beatriz Barbosa Silva,
Henri Wallon.
É possível compreender que a
afetividade é de suma importância para o desenvolvimento das crianças, seja ele
social, intelectual, físico, entre outros. O presente artigo busca mostrar que
o trabalho afetivo faz com que a criança aprenda com mais facilidade,
tornando-a assim, um ser que compreende melhor a sociedade em que está
inserida.
O principal objetivo é
compreender como fazer para que o aluno aprenda com mais facilidade e como
trazer a família para a escola no intuito da aprendizagem dos alunos, tendo
como as maiores ferramentas o afeto e a família.
A criança frequenta a escola com
vontade de estudar, aprender o novo, sendo assim o afeto é de grande
importância nesse período, quanto melhor lidar com o aluno mais ele irá querer
aprender e se tornar um cidadão crítico e pensante para a sociedade.
Nos anos iniciais, as crianças,
possuem uma visão de mundo diferente, já veem a escola de forma diferente.
Portanto, buscar novos métodos de ensinar, com certeza é importante para que
uma aula seja mais aproveitada, trazer a família até a escola, para que esta
criança se sinta importante e perceba que todos estão interessados no que ela
está aprendendo e fazendo na sala de aula ajuda muito no processo de
aprendizagem.
Segundo Chalita (2004), o
processo de aprendizagem é complexo e qualquer radicalização, cria um fosso
intransponível. Todo aluno traz uma carga de experiência da própria família:
bloqueios, medos, ansiedades e outros traumas que atrapalham o processo de
aprendizagem porque geram insegurança. É preciso se dispor a conhecer cada um
deles para auxiliá-los.
Percebe-se em toda sala de aula
que alguns alunos, estão mais aptos para o aprendizado, demonstram-se mais
interessados e participativos do que outros. Muitos apresentam dificuldade de
comunicação, leitura, participação e nem por isso devem ser deixados de lado.
Forçar e ameaçar o aluno não é nada educativo, ao escolher a profissão de
educador, o professor precisa estar ciente de que o compromisso com a
sensibilidade humana deve estar presente em todos os momentos, inclusive no de
dificuldades.
Ainda de acordo com Chalita, na
vida familiar é que se dá o primeiro contato do cidadão com o mundo. O exemplo
materno e paterno, a alimentação, os sons recebidos do mundo externo, os mitos
que começam a se formar, os medos, as ambições, o aprendizado da linguagem.
Esse processo continua por toda a vida, mesmo que as relações familiares mudem,
e que os filhos decidam morar sozinhos, não há como negar que por toda a vida
se carrega a estrutura básica obtida na formação da infância que se dá
fundamentalmente na família. O aluno como todo ser humano gosta de ser elogiado,
precisa de afeto para se sentir valorizado. O professor é o ponto de referência
do aluno, é modelo, é exemplo a ser seguido, o pouco que o este fizer por seu
aluno afetuosamente, seja uma palavra, um gesto, será o bastante para um aluno
com problemas.
O professor que chama o aluno
pelo nome, que repara em novos detalhes, que menciona ter conhecido alguém da
família e lhe faz algum elogio, aquele que realiza pequenos gestos de atenção
quebram barreiras e fertilizam o terreno entre ambos, este é o famoso afeto que
não exige sacrifício algum basta um pouco de boa vontade e muita vocação.
A afetividade segundo Cunha
(2008), não se trata apenas de uma linguagem, ou um caminho para educar. Não se
resume em palavras ditas na emoção de um momento nem em valores que
descortinamos quando estamos sensíveis. Não é somente a dor que sentimos ou a
felicidade que queremos dar. Trata-se de tudo isso junto, movendo nossas
mentes, sentimentos e emoções na complexidade do nosso ser na interação com a
vida.
Já para Celso Antunes (2006,
p.05), a afetividade é um conjunto de fenômenos psíquicos que se manifestam sob
a forma de emoções que provocam sentimentos. A afetividade se encontra
“escrita” na história genética da pessoa humana e deve-se à evolução biológica
da espécie. Como o ser humano nasce extremamente imaturo, sua sobrevivência
requer a necessidade do outro, e essa necessidade se traduz em amor. Por outro
lado, o instinto de sobrevivência humano e a percepção da necessidade de
intervenção fazem que a mãe e eventualmente o pai apresentem também o
sentimento de amor pela cria, e a reciprocidade desse amor – do nascido aos
geradores – funde-se, ocasionando o fenômeno da afetividade.
Para Cunha (2008), a escola é uma
árvore. A árvore é alimentada e alimenta. Abriga e ensina aos passantes à sua
sombra. Sustenta os que se aconchegam e fazem seus ninhos e, como pássaros,
prepara ali uma nova geração para voar.
Percebe-se então, que a
afetividade na escola contribui para o processo de ensino aprendizagem, a
partir desta premissa, deve-se considerar que o professor não apenas media
conhecimentos, mas ouve os educandos e ainda estabelece troca. O professor deve
dar atenção aos educandos, e deve cuidar para que cada um aprenda a
expressar-se, expondo suas próprias opiniões.
É de suma importância, os
aspectos afetivos e cognitivos para a construção de conhecimento, pois funções
afetivas diriam respeito à necessidade de expressão, sendo necessário um
desejo, que momento mais tarde pode revelar um querer, que normalmente se
encontra circunscrito na afetividade.
Segundo Chalita (2004), o aluno
precisa ser olhado de outra forma, que as relações sejam menos traumáticas
porque nascidas no respeito ao espaço e ao papel de cada um. Os alunos serão
diferentes a cada ano, a cada dia, e o professor também será. Um mestre que tem
diante de si a responsabilidade e a missão de formar pessoas equilibradas e
felizes, além de competentes.
Conforme Chalita cita em sua fala
cada ano temos alunos diferentes, realidades que são diferentes de outras já passadas. Portanto, quando o professor ministra suas
aulas ele precisa estar sempre atento a sua clientela, qual é o tipo de aluno
que irá atender e o que se espera desse aluno, em qualquer nível escolar. Para
isso o planejamento é de suma importância nesse papel, é preciso transformar as
aulas em aulas afetivas, eis um dos grandes desafios do professor. Construir
uma aula que seja preparada para um momento de convivência e de aprendizagem,
uma aula libertadora e afetiva. Quem sabe organizar uma aula que envolva a
família, competições, jogos educativos com a participação de todos os alunos de
diferentes idades e pais com as mais diversas habilidades. O objetivo é a
interação, a convivência de toda a comunidade escolar visando assim o
desenvolvimento da aprendizagem de nossos alunos.
Para Chalita (2004), a
alfabetização tem de ser acompanhada pela família. Os primeiros escritos, o
incentivo a leitura, os brinquedos pedagógicos. É melhor dar a uma criança um
jogo de habilidades do que uma arma de plástico, é melhor um canal educativo do
que uma novela. A sociedade exige muito de todos nós, devemos estar atentos às
novas tecnologias, notícias, novelas, a moda do momento, assim também é com a
criança não adianta proibir uma criança de fazer algo em casa, se na rua ela
pode encontrar coisas muito diferenciadas e quem sabe melhores ao seu olhar.
Todo educando precisa entender,
que não se pode parar de estudar, de se aprimorar, este processo é chamado de
formação continuada. Projetos desenvolvidos no âmbito escolar já são uma forma
de atuação e permitem que o aluno se sinta trabalhador, tendo de dar conta de
tarefas, solução de problemas e outros fatores que auxiliam para encarar uma
sociedade.
Segundo Almeida (1999), a
ausência de uma educação que aborde a emoção na sala de aula traz prejuízos
para a ação pedagógica, pois suas consequências atingem não só o professor, mas
também o aluno. A falta de habilidade em administrar as imprevisíveis crises
emocionais provoca um desgaste físico e psicológico no professor. Ao não
interpretar os efeitos da emoção e, desta forma, deles se aproveitar no
desenvolvimento da atividade pedagógica, o professor pode deparar, em face das
emoções de seus alunos, com um “presente de grego”, na medida em que, ao
assistir a seu espetáculo, torna-se vítima do seu contágio.
Ainda para Almeida (1999),
devemos estudar a emoção como um aspecto tão importante quanto à própria
inteligência e que, como ela, está presente no ser humano. A emoção deve ser
entendida como uma ponte que liga a vida orgânica à psíquica. É o elo
necessário para a compreensão da pessoa como um ente completo.
Wallon (2007) coloca que todas as
emoções consistem essencialmente em sistemas de atitudes que, para cada uma,
correspondem a certo tipo de situação. Atitudes e situação correspondente se
implicam mutuamente, constituindo uma maneira global de reagir que é tipo
arcaico e frequente na criança.
Celso Antunes (2006) relata que a
aprendizagem é uma mudança comportamental relativamente permanente que resulta
da experiência. Toda pessoa humana nasce com habilidade para aprender, mas a
aprendizagem em si somente ocorre com a experiência. Os bebês aprendem com o
que veem, ouvem, cheiram, provam ou tocam, avaliando a linguagem de seus
sentidos. A aprendizagem, portanto, é uma forma de adaptação ao ambiente que
resulta da experiência.
Entende-se então, que toda
criança tem suas próprias experiências adquiridas no seu cotidiano, e essas
experiências geram mudanças no seu comportamento. Cabe então ao professor
aceitar o seu conhecimento empírico, e sua forma de se comportar para que
ocorra um melhor desenvolvimento da criança, resultando a partir disso, numa
aprendizagem mais rápida.
De acordo Eugênio Cunha (2008),
muito se tem escutado durante a infância que a “criança não pensa”. Criança
pensa. Mas faz também algo mais importante, que amadurecendo desaprendemos: ela
é contemplando uma mancha na parede, um inseto no capim ou a revelação de uma
rosa, ela não está apenas olhando. Está sendo tudo isso em que se concentra.
Compreende-se assim, que a
criança passa a conhecer melhor os objetos, no momento em que ela observa as
coisas que a rodeia, deixando claro e certo, o que realmente é aquilo que está
vendo. Quando a criança observa alguma coisa, ela já se coloca no lugar desse
objeto, assim como citou Lya Luft, ela não está apenas olhando, mas sim, está
sendo tudo isso em que se concentra, ou seja, se ela está observando uma
formiga, ao mesmo tempo, se coloca ali no lugar dela, e assim sua imaginação
flui grandiosamente, é nesse momento que se deve partir com afetividade para
aproveitar essa observação, levando a criança a expor o seu pensamento.
Para Almeida (1999), a falta de
preocupação com a área da afetividade revela-se como uma cortina no estudo da
criança. A escola, que ainda continua à margem dos estudos sobre o
desenvolvimento infantil. Desconhece as relações entre os aspectos: afetivo,
motor, pessoal e cognitivo, limitando-se a prover este último.
A partir dessa premissa, pode-se
entender que a família é o espaço que a criança vive suas mais intensas
sensações, alegrias, prazer, e ao mesmo tempo encontra desencantos, brigas,
desencontros, e é nesse momento que a escola tem o papel de acolher a criança
como um ser, que necessita de ajuda para descobrir o afeto e aprender sua
linguagem de vida.
Em nosso dia a dia é comum ver os
pais mais preocupados com a compreensão do que seu filho fez ou deixou de fazer
do que com o educar, deixando então essa responsabilidade para a escola. A
criança vai para a escola no intuito de aprender, ser transformada em um ser
pensante que esteja preparado para a sociedade. Assim, não só a escola, a
família, mas também, a sociedade tem um enorme papel para educar as crianças. A
sociedade educa através de mitos, ritos e regras com que se adquire a
significação de vida e descoberta do outro.
É importante entender durante o
processo de desenvolvimento da criança, que a afetividade é como uma fonte
energia, que libera ações, e nada mais claro, que a escola deve-se levar em
consideração a importância da relação entre professor e aluno, de maneira que
ambos convivam em um ambiente gostoso, de harmonia, de paz, e que a
aprendizagem, dessa forma, flua com mais facilidade, alcançando um maior
rendimento e uma maior interação entre eles.
Segundo Antunes (2006, p.188),
toda criança e todo adolescente, quando confiam no adulto, falam de seus medos
e de suas angústias, contam o segredo que temem, revelam a situação tensa que o
deixam inseguro e temeroso, mas nem sempre é com palavras que falam. Por essa
razão é que quem educa necessita estar sempre atento a essa linguagem
invisível, as palavras que não são ditas. Educar é saber ler intenções no olhar
e descobrir o pedido de amparo e de ajuda teme de ser pronunciado.
Antunes (2006), ainda nos coloca
que o refrão da antiga música “quem sabe, faz a hora”, nos alerta que educar
com afeto é conquistar o bom senso de saber o momento certo para a bronca
precisa, o instante exato para a alegre piada, o momento oportuno para a
gostosa brincadeira e, naturalmente, a melhor hora para passar as recomendações
mais importantes, para produzir uma aprendizagem com protagonismo e com emoção.
Conforme nos coloca Celso
Antunes, existem horas para ensinar, para fazer lição, para leitura e pesquisa,
mas é essencial que jamais se esqueçam da hora de jogar bola, de brincar, de
conversar com os amigos, de ver TV, de ficar até mesmo à toa. O bom educador em
casa e na rua sabe que todo ser humano precisa de estímulos, mas que todos os
estímulos em excesso cansam, por isso que transforma um educando em uma máquina
de produzir rouba-lhes o encanto do crescer e o surpreendente desafio de viver
em sociedade.
No momento da prática, presente
na vida profissional dos educadores, é possível observar que crianças de mais
ou menos nove anos de idade, apresentam comportamentos, atitudes, dificuldades,
tanto cognitiva, intelectual, na maioria das vezes físicas e social relacionado
à afetividade.
Conforme Antunes (2006),
trabalhar a afetividade no cotidiano escolar implica dois procedimentos
reflexivos: um que questiona a maneira como se ensina, e outro que reclama que
se assuma um novo olhar sobre a significação e importância social da escola.
O professor quando entra em sala,
cumprimenta seus alunos, e logo em seguida vê como estão sentados, se estão
enfileirados, depois pede para que abram o caderno e copie o que está no
quadro, sem nenhuma conversa. Cabe ai, a cada professor, parar e avaliar que
forma que se deve ensinar, será que a maneira que ensino está correto, tudo
isso, influenciará no desenvolvimento de ensino aprendizagem da criança.
Sobre o ato de educar, Cunha
(2008,), deixa claro que não devemos educar para criar seres iguais à nossa
imagem e semelhança. Não possuímos o molde da perfeição. Possuímos virtudes, é
certo, mas a maior delas é o amor. O amor jamais carrega o ego da escravidão,
mas, para a liberdade, educa e conquista o aprendente. O afeto gerencia as
relações com o saber, que perdurarão ao longo da vida não com as digitais do
professor, mas com as marcas da amorosidade que possibilitarão ao aprendente
conquistar sua autonomia. É para a liberdade que educamos, e, onde há
liberdade, há identidade e amor.
Segundo Antunes, (2006), não pode
vincular-se á pedagogia do afeto quem trabalha com o outro e não sente anseio
em cuidar, aspiração em acreditar que o mundo pode fazer-se melhor e cobiça em
confiar sempre na coragem e no otimismo de que não se educa se não se propiciam
transformações. Aprender a afetividade para melhor ensiná-la equivale à ambição
de aprender a gozar: sentir prazer e satisfação, fruir e desfrutar do
privilégio de educar.
O ato de educar então, nada mais
é, do que já foi citado anteriormente, a forma de tratar cada criança, cada
educando. O amor da liberdade e conquista nossos educandos, e com certeza, faz
com que o saber mude de acordo com o afeto recebido, durante sua longa
caminhada na escola.
Para Silva (2009), amar uma
pessoa com qualquer tipo de dificuldade pode exigir maestria e grande
habilidade na arte de amar, uma vez que a relação amorosa costuma ter a mesma
intensidade que uma montanha-russa. A imagem figurativa é exatamente esta, pois
tudo pode acontecer nessas relações num espaço de tempo tão curto que os
amantes chegam ao ponto de duvidar da realidade dos fatos. Amar uma criança com
dificuldades de aprendizagem pode significar ter sua vida virada de
ponta-cabeça em poucos minutos.
De acordo com Antunes (2006), a
pedagogia da afetividade, como várias vezes se tem buscado reafirmar, não
constitui um método de ensino que se adota ou não e, menos ainda, apenas uma
maneira carinhosa e atenta de trabalhar com o aluno, como a primeira vista seu
nome faz parecer. A pedagogia da afetividade é uma nova maneira de pensar a
aprendizagem, pensar o protagonismo do aluno, pensar a estratégia de aula,
pensar a avaliação e pensar o professor.
O desenvolvimento de capacidades,
como as de relação interpessoal, cognitivas, afetivas, motoras, éticas,
torna-se possível mediante o processo de construções e reconstrução de
conhecimentos. Essa aprendizagem é exercida com o ritmo pessoal de cada um, a
partir dos mesmos saberes, há sempre lugar para a construção de uma infinidade
de significados e não a uniformidade destes.
Contudo, o educador é um mediador
que proporciona à criança oportunidades de se interagir e se manifestar através
de trocas de experiências, brincadeiras, sentimentos, emoções vividas no
cotidiano.
Através do que foi abordado no
decorrer do artigo, percebe-se que a criança precisa de afeto. Então, as
reflexões feitas acerca da afetividade na relação professor e aluno, deixam
claro, que afetividade e inteligência na maioria das vezes se misturam,
dependendo uma da outra para evoluir, visto que a dimensão afetiva é muito
importante para o desenvolvimento da criança, e de toda espécie humana.
Pode-se perceber que é fundamental
que não só o professor, mas toda a equipe escolar esteja consciente de sua
responsabilidade frente a uma sala de aula, levando em consideração, a tomada
de decisões de acordo com os valores morais, e condições de vida familiar e
social de seus educandos. Em síntese, não é a aprendizagem que deve se ajustar
ao ensino, mas sim o ensino que deve potencializar a aprendizagem.
No entanto, entende-se que a
afetividade se desenvolve na busca pelo desejo que o indivíduo tem de conhecer
a si próprio, de encontrar uma definição para sua vida. O querer saber, ter
desejo de conhecer, aprender, são condições principais para que a criança possa
de fato adquirir novos conhecimentos e o
afeto é essencial para o desenvolvimento do educando, pois toda aula que
é ministrada com mais dedicação, carinho, com um pouco mais de atenção para
cada educando, passa sem perceber. Trabalhar com amor, com certeza é de grande
valia, tanto para o professor quanto para o educando.
Referências Bibliográficas
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na sala de aula. Campinas/SP: Papirus, 1999.
ANTUNES, Celso. Afetividade na
escola: educando com firmeza. Londrina/PR: Maxprint, 2006.
CHALITA, Gabriel. Educação: a
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CUNHA, Maria Antonieta Antunes.
Literatura Infantil: Teoria e Prática. São Paulo: Ática, 2006.
CUNHA, Antônio Eugênio. Afeto e
Aprendizagem: amorosidade e saber na prática pedagógica. Rio de Janeiro: Wak,
2008.
SILVA, Ana Beatriz Barbosa.
Mentes Inquietas: TDAH desatenção, hiperatividade e impulsividade. Rio de
Janeiro: Objetiva, 2009.
WALLON, Henri. A evolução
psicológica da criança. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
SOBRE A AUTORA:
SOBRE A AUTORA:
Daiane Krug.
Sorriso –
MT.
Graduação
Licenciatura em Pedagogia.
Pós Graduada
em Didática e Metodologia de Ensino.
Email:
Daiane_krug980@outlook.com
1 Comentários
Um belo artigo. Merece leitura.
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