A defesa de Sérgio Cunha Mendes, vice-presidente da empresa Mendes Júnior, preso na sétima fase da Operação Lava Jato da Polícia Federal (PF), propôs hoje (21) à Justiça Federal o compromisso de não fazer doações em dinheiro a partidos políticos em troca da concessão de liberdade provisória com restrições.
No pedido encaminhado ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pela investigações, o advogado Marcelo Leonardo afirma que o executivo colaborou com as investigações, respondeu todas as perguntas formuladas pelos delegados da Polícia Federal e ainda confirmou que pagou propina ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e ao doleiro Alberto Youssef. A defesa argumenta ainda que Mendes também forneceu aos agentes da PF a senha do cofre instalado em sua casa no dia em que os mandados foram cumpridos.
Em troca da substituição de prisão preventiva, o vice-presidente se comprometeu a não participar, por meio da Mendes Júnior, de cartel para direcionar obras públicas; a fornecer os livros contábeis da empreiteira para os investigadores; não manter contato com outros investigados na operação; além de ficar em casa nos período noturno e nos dias de folga.
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