Por Deisi Micheli Bauer
A sexualidade é um tema pouco
abordado nas escolas e até mesmo em sala de aula, talvez pelo fato de a maioria
de nós docentes sermos despreparados para falarmos sobre este assunto, de como
abordar o tema e criar uma discussão com nossos alunos.
A mais elevada obra da educação
não é meramente comunicar conhecimentos, mas aquela vitalizante energia
recebida mediante contato de espírito com espírito, de alma com alma. Somente
vidas gera vida. (White, 2014)
O
fato é que falhamos, pois, quantas de nossas alunas são mães prematuramente? Ou
quantos de nossos alunos em geral começam sua vida sexual precocemente, sem
instrução adequada. Suas dúvidas muitas vezes serão sanadas nas ruas, com
pessoas que se aproveitam dessa fragilidade e imaturidade, muitas vezes criando
traumas e gerando adultos confusos sobre si mesmos. Talvez se esse assunto
fosse mais bem discutido, nossas crianças não seriam na maioria das vezes
vítimas, e este índice poderia ser reduzido.
Como sabemos, a escola não é o único espaço de
aprendizagem com o qual convivemos. Para além dos muros da escola, aprendemos
com experiências da vida, com a convivência e as relações de troca que
estabelecemos com os outros. (Micbaliszyn, 2008)
De acordo Micbaliszyn (2008),
a escola e as relações estabelecidas entre os sujeitos que nela interagem
(professores e alunos), constituem-se, portanto, espaço de criação e, ao mesmo
tempo, de troca de experiências. Por este pensamento, acredito que o primeiro
passo seria realmente conhecer o histórico de vida de cada um e através do diálogo
buscar a confiança de todos.
Podemos usar como ferramenta
para abordagem deste assunto a mídia que sempre nos traz as notícias de algum
fato ocorrido ou ainda as redes sociais que eles tanto conhecem, pois sabemos
que muitas vezes as aliciações começam por meio delas. Devemos instruí-los de
forma que possam reconhecer e se afastar de pessoas ou coisas que não são
apropriadas a eles, ou a sua idade.
De acordo com White (2014),
muitos jovens saem das instituições de ensino, sem nenhum conhecimento da vida
prática e pouca energia para cumprir seus deveres, com a moral degradada e as
faculdades físicas debilitadas.
A
educação fundamental da juventude geralmente lhes molda o caráter para toda a
vida. Os que lidam com os jovens devem ter muito cuidado para evocar as
qualidades mentais, a fim de que melhor saibam como dirigir-lhes as faculdades,
de modo que sejam exercidas para seu maior bem. (White, 2014)
Talvez seja por sermos falhos quanto a orientação necessária as
nossas crianças e jovens, que a cada passo, aumenta o índice de pessoas
confusas sobre suas escolhas, às vezes infelizes e frustradas por suas
preferencias.
Levando em consideração que a
sexualidade é um assunto amplo e complexo, acredito que cada um de nós docentes
ou não deveríamos estar mais bem preparados para lidar com as diversas
situações, pois em nosso meio encontramos pessoas de todos os tipos e gêneros,
para que cada um nós possa se sentir livre e respeitado para produzir nossas
escolhas seja sexuais, religiosas, amorosos e/ou políticas. (Micbaliszyn,2008)
Bibliografia
MICBALISZYN, M. S. Educação e diversidade. Curitiba.
Editora: Ibpex, 2008
SOBRE A AUTORA:
Nome: Deisi Micheli Bauer
Rua Concórdia, 1178, JD. Bela Vista
Cidade: Sorriso/MT
Formação: Licenciatura Plena em
Matemática
Fone: 66 9651-5566
Email: deisi_gta@hotmail.com
3 Comentários
Muito bom minha amiga.
ResponderExcluirParabens
ResponderExcluirDe fato, um um inteligente artigo. Muito bom mesmo.
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