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Ex-modelo de MT vive na Cracolândia


A Revista Veja São Paulo desta semana trouxe em sua capa a história de uma modelo mato-grossense que há 2 anos dorme nas ruas que compõem a Cracolândia, na região central de São Paulo. A matéria, assinada pela jornalista Adriana Farias, com fotos de Mário Rodrigues, relata o drama de Loemy, 24, que morava no interior de Mato Grosso e, a exemplo de tantas outras meninas, foi tentar a sorte como modelo em São Paulo.
Filha caçula de um garimpeiro e de uma empregada doméstica, a ex-modelo cresceu sem a presença do pai, que abandonou sua mãe quando ela tinha apenas 6 meses. Durante a adolescência, Loemy fez diversos trabalhos como modelo em Mato Grosso e os belos traços, aliados ao 1,79m de altura, faziam com que muitas pessoas a encorajassem a seguir para São Paulo.
Com R$ 3 mil, Loemy desembarcou na cidade em janeiro de 2012 e foi morar com outras modelos em um apartamento no Itaim Bibi, bairro nobre de São Paulo. De acordo com a reportagem, a falta de foco e disciplina, aliado ao uso de bebidas alcoólicas e cigarro, fizeram com que ela não conseguisse emprego em nenhuma agência. “Quando me mudei para São Paulo e descobri que existia um lugar como a Cracolândia, fiquei horrorizada com aquelas pessoas na rua. Hoje, eu é que estou nessa situação”, afirmou Loemy à repórter.
Sem condições de arcar com os R$ 500 mensais, necessários para o pagamento do aluguel, se mudou 8 meses depois para morar de favor na casa de um amigo, no bairro do Bom Retiro, próximo à região da Cracolândia. Um mês depois, em setembro, ao sair para tentar comprar maconha, foi assaltada. Os criminosos levaram R$ 800 e 2 celulares e neste dia, pela primeira vez, ela usou crack.
A partir daí, seguiu ‘ladeira abaixo’ e logo passou a morar na rua. Hoje caminha com o ‘fluxo’, nome dado à aglomeração de usuários na região central. Para consumir as 5 pedras diárias, a um custo de R$ 10, muitas vezes se prostitui. Conforme contou à reportagem, já tentou largar o vício e chegou a retornar a Mato Grosso, mas foi jurada de morte por um traficante e voltou às ruas de São Paulo.

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