O Ministério Público Eleitoral (MPE) decidiu converter em um
procedimento preparatório eleitoral a notícia de fato sobre suposto calote em
cabos eleitorais praticado pelo deputado federal eleito Fábio Garcia (PSB).
Na mudança de procedimento, o procurador regional eleitoral,
Douglas Fernandes, aponta que tal fato pode ensejar irregularidade em sede de
prestação de contas, sem prejuízo de outros eventualmente caracterizados.
Por isso, considerando a necessidade de colher subsídios
necessários à atuação do Ministério Público Eleitoral perante a Justiça
Eleitoral, o procurador decidiu converter o procedimento.
Na conversão do novo procedimento, o procurador não cita quem são
as pessoas que trabalharam para o socialista e que acabaram sendo lesadas no
pleito deste ano.
Cabo eleitoral não tem vínculo de emprego com candidato ou partido
político. É o que diz o artigo 100 da Lei Eleitoral.
Sem vínculos trabalhistas, os cabos eleitorais não são assistidos
pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), onde estão previstos benefícios
como pagamento de 13º salário, férias, auxílio doença, vale-transporte e
alimentação.
O único registro que deve ser feito é do nome dos cabos eleitorais
contratados em uma lista, que deve ser registrada junto à Justiça Eleitoral,
para a prestação de contas do candidato.
O artigo 100 da Lei 9.504/97, que define o pagamento das contas de
campanha, diz que “a contratação de pessoal para prestação de serviços nas
campanhas eleitorais não gera vínculo empregatício com o candidato ou partido
contratantes”.
Fábio Garcia foi um dos candidatos a deputado federal que mais
gastou no pleito deste ano.
Entre os eleitos, ficou em segundo lugar, o candidato gastou R$
3,838 milhões no pleito.
Entretanto, a arrecadação não veio a contento. O socialista conseguiu
obter em doações pouco mais de R$ 3,065 milhões. O custo de cada voto do
socialista saiu em média R$ 36,56.
OUTRO LADO – A reportagem entrou em contato com o deputado federal
eleito por algumas vezes na tarde desta terça-feira (11), mas ele não retornou
atendeu e nem retornou às ligações até o fechamento desta edição.
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