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MPF pede “ficha limpa” a Taques


A fim de evitar atos de corrupção durante o período de transição no governo estadual, o Ministério Público Federal entregou nesta segunda feira (17) um ofício ao governador Silval Barbosa e ao governador eleito, senador Pedro Taques (PDT), que assumirá o comando do Palácio Paiaguás em 1º de janeiro.

O documento, elaborado pelo Núcleo de Combate à Corrupção do órgão, traz orientações a serem seguidas durante este período de mudança de gestão. O objetivo é prevenir e combater atos ilícitos por desconhecimento ou inexperiência.

Para o atual chefe do Executivo estadual, a orientação foi no sentido de garantir todas as condições de continuidade dos atos da administração pública, em especial dos serviços essenciais prestados à população, com a guarda e manutenção dos bens, arquivos, livros e documentos públicos em seu poder.


Neste sentido, a equipe de transição nomeada por Silval deverá, obrigatoriamente, apresentar ao grupo escolhido por Taques todas as informações acerca dos convênios e repasses federais, que possuam prazo parcial ou final até 31 de dezembro deste ano.

Já ao governador eleito, o Ministério Público sugere a análise criteriosa de todos os documentos e informações fornecidas pela atual gestão.

Caso seja detectado algum tipo de irregularidade, o órgão pede que o caso seja remetido às autoridades competentes para apuração. Isto deve ocorrer até março de 2015.

Outra orientação ao futuro gestor diz respeito à escolha dos componentes dos cargos de primeiro escalão do Estado.

O MPF ressalta a importância de as nomeações serem realizadas com base nos princípios de moralidade e probidade exigidos para os cargos eletivos, de acordo com os requisitos da Lei da Ficha Limpa.

Na última sexta-feira (14) o governador eleito disse que deve escolher secretários que tenham conhecimento sobre a futura área de atuação.

“Primeiro, conhecimento sobre esse tema, sobre a pertinência com a matéria. O secretário precisa ter uma capacidade de gestão e de liderança dentro daquela Pasta e eu não vou falar aqui na questão ética porque esse é um requisito de todas as pessoas“, destacou ao comentar os critérios para a composição do primeiro escalão.

O ofício encaminhado para Taques e Silval expressa a intenção do Ministério Público Federal (MPF) que é, em princípio, de caráter pedagógico e preventivo, uma vez que a experiência tem demonstrado que grande parte dos gestores que sofrem processos judiciais alega que cometeu os ilícitos por desconhecimento e inexperiência, a exemplo de licitações, contratos administrativos, receita e despesa pública, obras públicas e prestação de contas.


O recém-criado Núcleo de Combate à Corrupção do órgão reúne a atuação na área criminal e cível de oito procuradores da República com atribuições para investigar todos os fatos que possam configurar ato de improbidade administrativa e crimes contra a administração pública quando presente o interesse federal.

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