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Testes com transposição do São Francisco preocupam comunidades

Impulsionada por um sistema de quatro bombas – cada uma com peso equivalente a cem carros–, as águas do rio São Francisco molharam pela primeira vez os canais de concreto da transposição. Os primeiros testes da transposição, iniciados há um mês, colocaram comunidades em rota de colisão. Enfrentando forte estiagem há quatro anos, moradores veem com ressalvas o desvio das águas, que, durante os testes, não servirá às comunidades.
A captação é feita num dos principais reservatórios do rio São Francisco, o lago de Itaparica, que está com apenas 15% do seu volume útil. Em Petrolândia, sertão pernambucano, o medo é sentimento recorrente. No perímetro irrigado Icó-Mandantes, pequenos agricultores reduziram a plantação e estão perdendo a produção de coco, melancia, cebola e hortaliças. “Estão descobrindo um santo para cobrir outro”, diz José Arivaldo Gomes à Folha de São Paulo. Com o início de um racionamento para irrigação, ele reduziu a área da cebola de quatro para um hectare.

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