Header Ads Widget


ARTIGO: Análise crítica sobre o currículo

Por Dorjival Silva

O conhecimento que obtive ao ler o artigo “O Campo do currículo no Brasil: os anos noventa” do professor Antônio Flávio Barbosa Moreira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (RJ) foi o que se seque:

O professor abordou o tema mostrando-o como um assunto que está muito longe de ser acabado e concluído, enfocando pelo menos três blocos temáticos: a teorização em currículo, o ensino de currículo na universidade e a prática na escola.

Sobre o primeiro tópico ele diz que embora muitos especialistas brasileiros tenham tratado do tema do ponto de vista teórico, a tal ponto de produzir um avolumado número de livros e artigos publicados, a questão prática ainda está bem a desejar.

Ele vê positividade nessa “produção” dos estudos relacionados ao currículo e sua importância quando executado com praticidade. O problema estaria na questão em que os atuais currículos não estão propiciando maior compreensão e impacto em seu objeto.

São apontados alguns fatores para esse problema. Um deles seria o fato “desse” currículo ainda não estar englobando em seu bojo questões básicas de alcance sociais. Ainda não teria saído dos muros da escola para atender também o meio onde a escola está inserida.

Sem objetividade, e do jeito que ainda está, não estaria resolvendo o problema do fracasso escolar e muito menos atendendo a comunidade geral.

Sobre o ensino do currículo o autor expõe que ele deveria ser mais aberto e concebido como ‘artefato cultural no campo da produção cientifica’, coisa que não está ainda acontecendo. Nessa concepção, o currículo deveria ser concebido com a interferência das diferentes manifestações culturais. Só assim, ele atenderia uma proposta mais abrangente.

A verdade é que o currículo ainda é um objeto intra-classe. Localizado, com preocupações restritas. O que deixa de atender na formação dos alunos em sua identidade extra-classe.

Sem essa integração e interação com a diversidade temática, o currículo não passa de uma teoria vazia. Perde sua finalidade e ainda prejudica o alvo que se propõe alcançar e modificar que o sujeito aprendente.

No meio universitário os currículos praticamente se perderam na inocuidade. Não atendem aos professores e muito menos aos aprendentes por causa de sua desatualização. Citando (Silva, 1995) Antônio Flávio Barbosa Moreira diz que o currículo deve envolver o ambiente em permanente mutação, englobando o que se passa na experiência educacional.

Argumentando sobre o que disse Feldeman (1996) o autor reforça que o currículo pode ser debatido teoricamente, mas somente isso não basta. É necessário o seu desenvolvimento prático. Falar do assunto somente entre especialistas não resolve a questão. Tem que se partir mesmo para a prática pedagógica. E isso não vem acontecendo.

Quando aborda a questão da prática na escola a crítica que se faz é que não está havendo investimento em novas idéias que possam revolucionar o processo da aprendizagem. Por causa dessa situação, escolas, professores e especialistas permanecem no trivial, convencional, tradicional, nas práticas costumeiras.

O currículo por bem concebido que seja para alguns, não tem atendido seus objetivos, pois já chega defasado na escola.

Finalizando, o autor expõe a palavra de um especialista entrevistado dizendo: “tudo que acontece na escola é currículo, tudo que a criança traz é currículo”. O que estaria faltando para o currículo de fato atender ao que se propõe seria trabalhar sua própria reestruturação e organização.

O objetivo número um seria alcançado: a eliminação do famigerado fracasso escolar.

O autor é graduado em Pedagogia e Pós-graduado em Pedagogia Empresarial
Email: dorjival@gmail.com 

Postar um comentário

0 Comentários