Por Dorjival Silva
Uma sociedade dividida entre o preconceito e a vontade de incluir
pessoas que têm algum tipo de necessidade especial. É isso que mostra “Rádio”,
filme produzido para fazer o público planetário entender o nível de
discriminação das sociedades em relação ao portador de deficiência.
Confesso que só a partir deste longa-metragem passei a ter uma
visão mais abrangente do grave problema conhecido por todos, mas nem sempre
assumido socialmente. Não há mais como desdenhar para a situação que vem sendo
vivida há séculos por pessoas detentoras de algum tipo de necessidade especial.
Rádio enfoca a questão com todas as propriedades. Mostra um jovem
negro de família pobre, portador de pequena deficiência mental. Que tem uma mãe
que não saber lhe dar com o problema. Melhor: parece até que esconde o filho da
sociedade porque ele não é igual aos demais jovens do seu tempo.
O jovem que sai pelas ruas da cidade grande em busca de alguma
coisa para fazer, não recebe uma oportunidade de ninguém. Digo: até o dia em
que se encontra com um técnico esportivo que o simpatiza e procura meios para
estreitar laços de amizade entre ambos. A princípio não é nada fácil. Mas o
tempo se encarrega de distribuir segurança e tranqüilidade no jovem Rádio em
relação ao técnico.
A partir de então todas as
coisas vão mudar na vida daquele jovem rapaz. Parece acender nele um raio de
esperança e luz. A timidez dar lugar para o extrovertido. O perambulante ganha
espaço no trabalho. A vida de um ser humano ganha novo rumo graças a uma
oportunidade inclusiva.
É verdade que a
discriminação vai continuar. Emanando até mesmo de pessoas que deveriam dar o
exemplo de cooperação e sensibilidade. Atletas famosos, diretores de
instituições, famílias, etc., permanecem lutando para impedir a inclusão de Rádio.
Mas na sua inocência de
espírito vai em frente. Faz-se importante e útil. Conversa, brinca, dar de si
mesmo para o bem de pessoas ditas normais. Os que discriminação dizendo que ele
não tem capacidade nem mesmo para conviver com a sociedade, são justamente os
teriam obrigação de ajudá-lo.
Quando olho para tantas
pessoas que só pelo fato de serem detentora de alguma necessidade especial
estão sendo privadas de oportunidades me preocupo muito. Agora me pergunto o
tempo todo: se Rádio conseguiu superar suas deficiências por que tantos outros
não podem também? É claro que para isso, seria necessária uma consciência
amadurecida por parte de toda sociedade.
Assim vejo que o tratamento
para pessoas portadoras de necessidades especiais deve ser evoluído a cada dia,
no mundo e cm mais pressa no Brasil. Chega de discriminação e preconceitos
tolos em relação a esses maravilhosos e também inteligentes seres humanos.
Sejam incluídos nos diversos setores sociais porque também tem competência e
responsabilidade para exercer o que lhes dor confiado.
Abaixo o preconceito!
O autor é
graduado em Pedagogia e Pós-graduado em Pedagogia Empresarial
dorjival@gmail.com
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