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SÉRGIO MORO, O BRASILEIRO DO ANO, ELEITO PELA REVISTA ISTOÉ

"Dono de estilo reservado e hábitos simples, o juiz da vara federal de Curitiba entrou para a história do País ao levar executivos de empreiteiras para a cadeia e se mostrar implacável no combate à corrupção na política." (Site da Revista ISTOÉ).





            No Brasil temos carência de Magistrados e de outras autoridades com o perfil do Juiz Sérgio Moro. Ele não é o único. Existem muitos outros Magistrados, Promotores de Justiça, Procuradores Federais e Delegados tanto da Polícia Civil quanto da Federal que desempenham a profissão com amor e comprometimento. Infelizmente ainda são poucos. E por isso é merecida a homenagem prestada ao Juiz Sérgio Moro, um cidadão que tem se mostrado competente, determinado, corajoso, honesto e comprometido com as causas que abraça. A respeito do Juiz Sérgio Moro falou a Revista ISTOÉ:   

“Sempre que alguém o compara com Joaquim Barbosa, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Sérgio Moro desconversa. Ou melhor, silencia. O juiz da 13ª vara federal criminal de Curitiba, que ganhou notoriedade à frente das investigações da Operação Lava-Jato, não gosta desse tipo de comparação nem de especulações sobre o seu futuro. Há alguns anos, rejeitou sondagens para se tornar desembargador, o que para muitos é degrau natural para galgar a última instância do Judiciário. Moro afastou-se da oferta por desconfiar de tentativa de cooptação por parte de um figurão da política nacional que temia virar réu num inquérito que chegou à sua mesa. Não fosse isso, ele daria outro jeito de recusar a oferta por acreditar que ainda há muito o que fazer na primeira instância. Eleito por ISTOÉ o ‘Brasileiro do Ano’, Moro não mostra sedução pelo poder da toga. De hábitos simples, ele faz parte de uma rara safra de juízes que encararam a magistratura como profissão de fé.”


            Como se vê, trata-se de uma pessoa com excelentes predicados. Modesto e honesto, quando rejeita uma promoção para Desembargador, o sonho de todos os magistrados de primeiro grau. Primeiro porque desconfiou que existia uma segunda intenção para tirá-lo do Caminho de uma investigação que poderia levar um figurão para a cadeia. Segundo porque entendeu que ainda não era chegado o momento de ser promovido. Essas qualidades são raríssimos. E se ele as tem, não restam dúvidas de que está de parabéns ele e o país porque conta com um Magistrado dessa envergadura. Segundo ainda a Revista ISTOÉ: 

“Não dá entrevista, nem posa para fotos. Dispensa privilégios. Vai para o trabalho todos os dias a bordo de um velho Fiat Idea 2005, prata, bastante sujo e repleto de livros jurídicos empilhados no banco de trás. Antes, chegou a ir de bicicleta.’Quando eu chego aos lugares, ninguém imagina que é o Sérgio Moro’, conta, sorrindo. Apesar de ter se tornado o inimigo número 1 de poderosos, prefere andar sem guarda-costas. Quem sempre reclama é a esposa, a advogada Rosângela Wolff de Quadros Moro, procuradora jurídica da Federação Nacional das Apaes, instituição dedicada à inclusão social de pessoas com deficiência. A ‘sra. Moro’ teme pela segurança do marido, e dela mesma, afinal o magistrado se mostrou implacável com a corrupção ao encurralar integrantes do governo do PT e levar, numa ação inédita, executivos das maiores empreiteiras do País à cadeia.”

            Nesse outro trecho da Revista ISTOÉ são apontadas outras raras qualidades de uma pessoa na condição do Juiz Sérgio Moro: humildade e coragem. Primeiro: mesmo dispondo das condições financeiras que o salário de Magistrado Federal lhe oferece, anda de carro simples, sem nenhum luxo ou ostentação. Segundo: mesmo sabendo que está exposto a risco, dispensa segurança, mostrando que não tem medo de enfrentar poderosos. Segundo a ainda Revista ISTOÉ:    

“Nascido em Ponta Grossa há 42 anos, Moro é filho de Odete Starke Moro com Dalton Áureo Moro, professor de geografia da Universidade de Estadual de Maringá – morto em 2005. Antes de ingressar na magistratura, seguiu os passos do pai. Integrou o mesmo Departamento
de Geografia da UEM e também deu aula nos colégios Papa João XIII e Dr. Gastão Vidigal. Obteve os títulos de mestre e doutor em direito do Estado pela Universidade Federal do Paraná. Seu orientador foi Marçal Justen Filho, um dos mais conceituados especialistas em licitações e contratos. Cursou o Program of Instruction for Lawyers na prestigiada Harvard Law School e participou de programas de estudos sobre lavagem de dinheiro no International Visitors Program, promovido pelo Departamento de Estado americano. Moro criou varas especializadas em crimes financeiros na Justiça Federal e traz no currículo outras operações de peso. Presidiu o inquérito da operação Farol da Colina, que desmontou uma rede de 60 doleiros, entre eles Alberto Youssef. A investigação fora um desdobramento do caso Banestado, que apurou a evasão de US$ 30 bilhões de políticos por meio das chamadas contas CC5.”


            Nessa outra parte da reportagem a Revista ISTOÉ ressalta outra grande qualidade do Juiz Sérgio Moro: a bagagem de conhecimento que lhe dá sustentação para conduzir com segurança e desenvoltura um processo da envergadura da Operação Lava-Jato. Ainda bem que tivemos a sorte de ter este processo sido distribuído para o Magistrado Sérgio Moro. Ele é a pessoa certa, no momento certo. Por tudo isso, mesmo que alguém lá na frente dificulte as coisas, com certeza, em razão do bom trabalho por ele desenvolvido, os envolvidos terão que enfrentar muito trabalho para conseguir se desvincular do emaranhado no qual se meteram. Parabéns Doutor Sérgio Moro. Somos mais um brasileiro que endossa o seu merecido título de brasileiro do ano.      

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