O
governador Pedro Taques (PDT) esperou até o penúltimo dia de prazo. Mas ontem à
noite ele definiu que Paulo Prado continua no cargo como procurador-geral do
Estado por mais dois anos. O cargo representa o posto máximo na estrutura do
Ministério Público Estadual.
A
lista tríplice havia sido encaminhada pelo MPE no dia 2 de janeiro com a
indicação de Prado, candidato à reeleição, e primeiro colocado, com 147 votos
dos 213 votantes.
Em
seguida, ficou o promotor de justiça Vinícius Gahyva, com 68 votos, e por
último o procurador de justiça Edmilson da Costa Pereira, com 66.
Apesar
de um suposto compromisso afirmado durante a campanha eleitoral, quando
respondeu por e-mail algumas perguntas feitas pelo MPE, de que nomearia o
primeiro colocado da lista, Taques havia afirmado que este critério poderia não
ser o adotado por ele, o que gerou grande suspense. Que durou até às 21 horas
de ontem.
Durante
as duas semanas entre o envio da lista e a definição do nome, muito se
especulou a respeito. O governador, inclusive, chegou a ironizar a “ansiedade”
para a nomeação e sugeriu que quem estivesse com pressa que tomasse um
calmante.
Havia
a expectativa de que Taques quebrasse a tradição e não nomeasse Paulo Prado
devido a um suposto vínculo dele com os ex-governadores Silval Barbosa (PMDB) e
Blairo Maggi (PR), além de estar com a imagem desgastada após a deflagração da
operação Ararath, que levantou suspeitas sobre o pagamento de precatórios a
membros do Ministério Público.
Já
a indicação de Gahyva geraria mal-estar devido à proximidade das famílias,
tendo inclusive alguns membros já nomeados para ocupar cargos no atual governo.
Nos
últimos dias, um nome que tinha ganhado força era do procurador Edmilson da
Costa Pereira. Apesar de ter sido o terceiro mais votado, muitas pessoas
chegaram a apostar nele como o novo procurador-geral.
Ele
já foi corregedor da instituição e estaria mais “adequado” ao discurso do
governador, que defende mudanças e renovação.
Na
semana passada, o chefe do Executivo ouviu os três indicados e classificou as
conversas como produtivas.
Para
ele, o diálogo demonstra o respeito que tem pela instituição e disse ter
conversado sobre as propostas de cada um para a instituição e saber o que acham
do momento histórico pelo qual passa Mato Grosso. Diário de Cuiabá
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