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Sucateada e prestes a ser extinta. Esta é a situação em que se encontra a Sec de Estado de Agricultura Familiar e Regularização Fundiária MT

Sucateada e prestes a ser extinta. Esta é a situação em que se encontra a Secretaria de Estado de Agricultura Familiar e Regularização Fundiária, assumida por Suelme Evangelista (PSB).

A Pasta será mais uma das que passarão por uma reestruturação e mais de 60% dos cargos comissionados serão cortados. Ainda haverá uma mudança de gestão com objetivo de dar mais eficiência ao setor.

O secretário conta ter encontrado diversas contas atrasadas, como luz, água e telefone, além de contratos de fornecedores que estão há seis meses sem pagamento.

O valor ainda não foi mensurado, mas o gestor garante que está sendo feito o levantamento e as dívidas já estão sendo negociadas para que possam ser regularizadas.


Quanto aos contratos, Suelme adianta que somente os que foram feitos de maneira legal serão mantidos e pagos.

Na avaliação do secretário, que assumiu no dia 1º de janeiro, a Secretaria é, “com certeza”, a mais problemática. “Isso é uma terra arrasada”, declarou. Até mesmo os servidores estavam desanimados de trabalhar. O prédio apresenta problemas estruturais e a Pasta é um loteamento de cargos.

A antiga Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf) conta com 142 cargos, sendo apenas 39 deles de servidores efetivos: outros 102 são comissionados.

A pretensão é cortar mais da metade e manter apenas 40 dos comissionados. Nesta semana, Suelme já iniciou o ‘limpa’ na Pasta e exonerou mais de 60 servidores.

A Pasta ainda tem mais três órgãos vinculados à sua gestão, que são: Instituto de Terra de Mato Grosso (Intermat), Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT)e a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer-MT).

Os três órgãos também passarão por mudanças e cortes tanto nos cargos quanto nos gastos.

A reclamação é com relação ao orçamento da Pasta e Suelme adianta que nos últimos 12 anos a Secretaria foi sucateada e abandonada pelas gestões anteriores.

De acordo com ele, na gestão de Dante de Oliveira (já falecido) a arrecadação do Estado era de R$ 4 bilhões e o orçamento da Pasta era de R$ 25 milhões. Atualmente a receita do Estado é de R$ 15 bilhões, mas apenas R$ 13 milhões são destinados ao setor. Um corte drástico para um dos setores mais importantes do estado de Mato Grosso, que tem sua economia voltada para a agricultura.

Na gestão de Taques o setor voltado para os grandes produtores foi repassado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, e assim Suelme estará focado na produção familiar, assentamentos e regularização fundiária, tanto rural, quanto urbana.

O secretário destaca que nos últimos governos a regularização fundiária urbana foi esquecida e afirma que o programa Tequenfim, voltado para entrega dos títulos, não apresentou resolutividade. A ideia é investir nesta área para resolver esse grave problema de Mato Grosso, que foi colonizado de forma desorganizada.


Sobre a reforma pela qual passará a Pasta, Suelme informou que existem dois grupos de trabalho estudando quais serão as mudanças na gestão, que podem passar inclusive pela transformação de alguns órgãos vinculados em setor dentro da Secretaria para ajudar no enxugamento da máquina.

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