Josias de Souza destacou que Dilma Rousseff mandou dizer aos ministros que conta com a lealdade dos seus respectivos partidos nas votações que interessam ao governo no Congresso, especialmente as relacionadas ao ajuste fiscal. Segundo o relato de um dos contatados, o alerta soou como uma espécie de aviso prévio. Ficou subentendido que a permanência na Esplanada está condicionada à fidelidade das bancadas.
Não se trata propriamente de uma novidade. No Brasil pós-redemocratização, a eficiência administrativa nunca foi o objetivo primordial das composições ministeriais. Nomeiam-se os ministros politicamente mais rentáveis, não os mais eficientes. O extraordinário no aviso que parte do Planalto é a sinalização da definitiva rendição de Dilma ao modelo – dessa vez sem escrúpulos ou reticências éticas.
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