Afilhado político do ex-presidente da Assembleia José Riva (PSD),
o ex-deputado federal Eliene Lima (PSD) se conteve ao repercutir a prisão do
correligionário, sob justificativa de que desconhece os trâmites jurídicos
envolvendo o processo, assim como o conteúdo dos autos. “Não quero nem fazer
uma avaliação. Porque sou leigo na constituição jurídica e posso falar bobagens
sobre o que está nos autos”, disse.
Riva é acusado de comandar um esquema que teria desviado cerca de
R$ 60 milhões do Legislativo mato-grossense por meio de licitações
fraudulentas. O ex-presidente encontra-se preso no Centro de Custódia de Cuiabá
desde o último sábado (21), após deflagração da Operação Imperador pelo Grupo
de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). “Tenho minha
solidariedade como ser humano, torço para que tenha ocorrido um equívoco e que,
em breve, ele esteja aí continuando sua vida, sua luta, seu dia a dia”,
completou.
Mesmo reconhecendo a instabilidade que paira sobre o partido, após
a prisão de Riva, que é secretário-geral da agremiação e é considerado a
principal liderança da legenda, Eliene evitou análises mais profundas sobre o
futuro da legenda. “Qualquer reação é uma precipitação. Da mesma forma que
evito fazer uma avaliação, o partido também não fará uma avaliação neste
momento”.
Novo partido
Tudo isso, unido à insatisfação de filiados frente ao resultado
das últimas eleições, gera a expectativa sobre uma possível migração de parte
dos filiados para o Partido Liberal, cuja refundação é encampada em nível
nacional pelo ministro Gilberto Kassab. “Essa movimentação não é só um fato
isolado do PSD. A gente percebe que há parlamentares fazendo relação de quadros
que tem popularidade, vontade e vocação para disputar as eleições”, revela. Por
fim, ressalta que "tudo vai depender passar esse momento de turbulência
para fazer um movimento mais forte”.RDNews
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