O secretário de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra),
Marcelo Duarte, revelou na terça-feira (03), que Mato Grosso tem a pior malha
viária do país. O levantamento é da Confederação Nacional dos Transportes
(CNT). O estudo aponta ainda que o Estado não tem sequer 1/3 de rodovias
pavimentadas.
Ainda conforme a CNT, o Estado vizinho, Mato Grosso do Sul, tem
36% das rodovias consideradas boas ou ótimas. Já São Paulo é referência do
Brasil, aonde a pavimentação chega a 80% de satisfação.
Segundo Duarte, às condições precárias das estradas
mato-grossenses faz parte do ônus deixado pelo ex-governador Silval Barbosa
(PMDB). O secretário afirma ainda que nos últimos dois anos foram investidos
pouco menos de R$ 20 milhões na malha viária, enquanto deveria ser investido no
mínimo R$ 200 milhões.
“Vamos dar uma volta pelo Estado e começar a olhar o que está
acontecendo. As MT’s – 140, 620 e a 070 estão totalmente destruídas e acabadas,
e esse é o relato que temos do nosso dinheiro, que ele foi jogado fora”, disse.
A região Sul do Estado é apontada como a região mais precária
quando o assunto é rodovia estadual. Segundo Marcelo, na região não há
controle, e principalmente asfalto.
O secretário disse durante reunião entre os prefeitos e o Governo,
na manhã de ontem (03), que recebeu a Sinfra com déficit de R$ 300 milhões.
“Além de não fazer a
manutenção da malha viária, os pagamentos estão atrasados. Hoje só a Sinfra
deve mais de R$ 300 milhões. Se soubéssemos onde foi gasto esse dinheiro
poderíamos até tentar contornar a situação, mas o fato é que a conta ficou e os
serviços não foram realizados”, destacou.
PRÓ-ESTRADAS
Na tentativa de melhorar às condições de trafegabilidade nas
rodovias estaduais, o Governo do Estado lançou na reunião um pacote de obras
emergenciais. O Pró-Estradas (Programa Emergencial de Recuperação das Estradas)
deve atender todos os 141 municípios. Ao todo, serão investidos mais de R$ 30
milhões.
De acordo com a Sinfra, o Governo vai efetuar a distribuição de
insumos – massa asfáltica para as estradas pavimentadas e óleo diesel para as
não pavimentadas.
O programa prevê a realização de obras de recapeamento começando
pelos trechos mais perigosos. Além disso, será feito o corte do matagal nas
margens das vias para facilitar a visualização da sinalização de trânsito.
Ainda conforme a Secretaria, o projeto foi elaborado a partir de
um diagnóstico pelo corpo técnico do órgão, que levantou a real situação das
rodovias.
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