A paralisação dos transportadores de grãos em Vilhena (RO), a 700
quilômetros de Porto Velho, completou 12 dias nesta segunda-feira (16). A
categoria cruzou os braços no último dia 5 de fevereiro alegando que o valor
pago por quilômetro rodado está defasado há cerca de três anos. Segundo a
Cooperativa de Transporte de Rondônia (CTR), as empresas multinacionais de soja
estão pagando entre R$ 3,60 e R$ 3,88 por quilômetro carregado, mas os custos
de manutenção de cada veículo chegam a R$ 4,60.
O ponto de maior concentração dos caminhoneiros foi instalado na
avenida Celso Mazutti, marginal da BR-364, sentido Cuiabá (MT), mas existem
carretas paradas em pátios de postos de combustíveis na cidade. De acordo com a
CTR, o manifesto pacífico é por tempo indeterminado.
Os caminhoneiros que aderiram à paralisação aguardam efetivar
negociações do valor do frete com as empresas de grãos, para só assim
retornarem ao trabalho. A cooperativa alega que a dívida dos trabalhadores será
menor com os veículos parados do que rodando com o atual preço pago pelos
serviços prestados.
Entramos em contato com a Amaggi e Bunge, duas das empresas de
grãos em Vilhena, mas nenhum representante das companhias foi encontrado. Já a
Cargil informou que falaria sobre o assunto, mas até publicação do material não
retornou o contato.
A paralisação da categoria também atinge outros municípios de
Rondônia, como Cacoal e Porto Velho.
Fonte: G1
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