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Juíza diz que Riva é "ícone da corrupção e da impunidade"

LUCAS RODRIGUES
DO MIDIAJUR

A juíza Selma Rosane Santos Arruda, da Vara Especializada Contra o Crime Organizado da Capital, em decisão que culminou na prisão do ex-deputado José Geraldo Riva (PSD), no último sábado (20), afirmou que o ex-parlamentar é um "ícone da corrupção" e um "ícone da impunidade" em Mato Grosso.

"Ora, como bem assinalou o Ministério Público, o réu é um ícone da corrupção em nosso Estado, mas acrescento: também é um ícone da impunidade, um verdadeiro mau exemplo a todos os cidadãos de bem, que pagam seus impostos, trabalham diuturnamente e não cometem delitos, porque temem as consequências", diz trecho da decisão.A decisão atendeu pedido formulado pelo Ministério Público Estadual (MPE), que o denunciou, juntamente com outras 14 pessoas, por peculato e formação de quadrilha.


Ele é acusado de liderar esquema que teria desviado mais de R$ 62 milhões dos cofres da Assembleia Legislativa, por meio de licitações fraudulentas e compras fictícias de materiais de papelaria.

Na decisão, a juíza ressaltou que a prisão de Riva era necessária não só para resguardar a ordem pública, mas para garantir o devido andamento da ação penal contra ele.

“Entendo que é necessário que o réu responda ao processo sob a custódia estatal, para que sua liberdade precoce não sirva de estímulo para que outros para que outros pratiquem crimes desta natureza, achando que sairão impunes, pondo em xeque a própria credibilidade da Justiça e dos demais órgãos do Estado encarregados de manter a ordem e a paz social”, proferiu.

Outro argumento da magistrada é o de que ficou evidenciado o envolvimento de Riva no esquema criminoso, “até porque as negociatas ilícitas só seriam possíveis com sua intervenção e assinatura, já que ele era o gestor dos recursos financeiros da Assembleia Legislativa”.


“Além disso, ao que consta até agora nos autos, José Geraldo demonstrou ser bastante astuto e desenvolto em ações desta natureza, tanto que conseguiu manter o esquema criminoso durante vários anos, sem que nenhum vazamento de informações o perturbasse”, destacou Selma Arruda.

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