Header Ads Widget


No 3º mandato seguido, deputado Bezerra responde a processo criminal

CAMILA RIBEIRO

Reeleito em outubro de 2014, Carlos Bezerra (PMDB) é um dos três deputados federais por Mato Grosso que respondem a processos criminais na Justiça.

Ao todo, a bancada do Estado conta com oito representantes em Brasília. Além de Bezerra, são acusados Ezequiel Fonseca (PP) e Adilton Sachetti (PSB).

A Ação Penal 520, que tramita desde outubro de 2009, no Supremo Tribunal Federal (STF) e que tem como réu Carlos Bezerra, é originária de uma ação penal da Justiça Federal do Distrito Federal.

Além de Bezerra, outras quatro pessoas são acusadas das práticas dos crimes de peculato e fraudes em licitações realizadas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em 2004, época em que o parlamentar comandou o instituto.


Os pregões de número 039/04 e 041/04 foram realizados com a intermediação da Dataprev (Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência).

Segundo a acusação, Bezerra teria montado um esquema que desviou, em benefício próprio e de terceiros, mais de R$ 100 milhões do INSS.

Os processos licitatórios supostamente fraudados visavam ao aluguel de computadores dos postos de atendimento do INSS.

Atualmente, Bezerra ocupa o quarto mandato na Câmara Federal, o terceiro consecutivo.

No último pleito, ele foi reeleito com 95.739 mil votos, ficando na quinta colocação.

Sanguessugas

Carlos Bezerra também foi citado em outra Ação Penal que tramita no STF. Trata-se do caso que ficou conhecido como “Escândalo das Sanguessugas”.

O esquema foi descoberto pela Polícia Federal em maio de 2006, e envolveu 87 deputados, três senadores, mais dez ex-prefeitos mato-grossenses, além de 34 servidores públicos municipais por envolvimento com a Máfia das Sanguessugas.

Segundo as investigações, os parlamentares apresentavam emendas ao orçamento da União, solicitando a compra de ambulâncias para as suas regiões, em troca de propina paga pela empresa Planam.

A Planam era de propriedade dos empresários Darci Vedoin e Luiz Antonio Vedoin. Estes, por sua vez, segundo as investigações da PF, vendiam os carros a preços superfaturados.

Bezerra e a esposa, a ex-deputada estadual Teté Bezerra (PMDB), foram acusados de firmar acordo para receber R$ 100 mil, com o compromisso de favorecer a Planam com emendas parlamentares.

Em 2006 e 2007, o Ministério Público denunciou o casal por formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

A denúncia contra Bezerra, no entanto, foi rejeitada em 2009 pelo STF e o caso, arquivado.

Outro lado

Procurado pela reportagem, o deputado Carlos Bezerra disse que aguarda o julgamento do STF.


“Eu não tenho nada a ver com isso, esse caso se passou dentro de outra empresa, que é a Dataprev. Estou aguardando o julgamento para terminar logo isso. E espero que o julgamento aconteça ainda neste primeiro semestre”, afirmou o parlamentar.

Postar um comentário

0 Comentários