Josias de Souza destaca que o relacionamento de Dilma Rousseff com o partido do vice-presidente Michel Temer atingiu um grau inédito de deterioração. O principal problema é que o PMDB é incapaz de reconhecer a lealdade da presidente da República. E ela é incapaz de demonstrá-la. Na avaliação da cúpula do principal sócio do petismo, a articulação política do governo sofre uma pane. Na noite passada, um cacique peemedebista chamou o fenômeno de “apagão político”.
Segundo esse diagnóstico, Dilma vem perdendo todas as oportunidades que a conjuntura lhe oferece para se achegar ao PMDB. Em consequência, a presidente começa a se tornar uma oportunidade que o PMDB aproveita. A animosidade do Planalto ajudou a resolver a divisão interna da legenda. Antes, havia pelo menos dois PMDBs: o da Câmara e o do Senado. Hoje, esses grupos operam juntos —em sintonia com Temer, um vice que Dilma insiste em tratar como versa.
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