DOUGLAS TRIELLI
O governador Pedro Taques (PDT) revelou que o Estado tem mais de
R$ 1,4 bilhão em dívidas a pagar e que deixadas pela gestão anterior, do
peemedebista Silval Barbosa.
Segundo Taques, o ex-governador baixou um decreto, nas últimas
semanas de mandato, suspendendo o pagamento de todas as dívidas e deixando a
conta para o Governo posterior.
“Nós temos de restos a pagar quase R$ 1,4 bilhão. São bens e
serviços fornecidos para o Estado e que não foram pagos. Foi editado um decreto
pelo governador Silval Barbosa, que suspendeu os pagamentos de alguns restos a
pagar. Nós estamos discutindo o que vamos fazer com essa dívida”, disse.
"Nós temos de restos a pagar quase R$ 1,4 bilhão. São bens e
serviços fornecidos para o Estado que não foram pagos. Nós estamos discutindo o
que vamos fazer com essa dívida"
Taques afirmou que o decreto de número 04, assinado por ele no dia
2 de janeiro e que suspende todos os pagamentos de contratos do Governo por 90
dias, busca justamente a recomposição do equilíbrio financeiro-orçamentário da
administração pública.
“Um dos decretos que editei suspende todos os pagamentos por 90
dias. E, nesse prazo, vamos estabelecer o que será feito com os restos a pagar.
Posso chamar essas pessoas para negociar, para guardar gordura, para não pagar
se não tiver empenho, liquidação”, afirmou.
Mesmo com a dívida considerada elevada e um orçamento de pouco
mais de R$ 13 bilhões, sendo quase R$ 8 bilhões destinados ao pagamento de
folha, o governador disse que espera equilibrar a conta ainda neste ano.
“O orçamento do Estado está, segundo alguns, subestimado. São R$
13 bilhões, mas Mato Grosso tem uma economia muito forte, em razão do setor do
agronegócio e teríamos que ter algo em torno de R$ 15 bilhões. Mas, isso
depende da economia internacional, e nós dependemos muito do dólar”, disse.
“Mas estamos buscando fazer com que a receita caiba nas despesas,
e buscando dinheiro novo. Buscando recursos internacionais, fundos, para
ajudar”, afirmou.
Prazo
O governador anunciou ainda que os pagamentos dos empenhos do
Estado devem começar a ser pagos a partir de março próximo.
“Nós começaremos a pagar as dividas que foram contraídas na gestão
anterior no mês de março. Mato Grosso está em uma situação preocupante do ponto
de vista financeiro. E esse é um ponto preocupante”, disse.
O decreto
O decreto assinado por Silval Barbosa, no dia 19 de dezembro,
isenta sua gestão de fazer o pagamento de empenhos referentes ao exercício 2014
e anos anteriores.
A medida se fazia necessária, segundo o próprio decreto, para
buscar o cumprimento de metas entre receita e despesa.
“As despesas que vierem a ser reclamadas em decorrência dos
cancelamentos previstos nos artigos anteriores poderão ser pagas por dotações
do orçamento dos exercícios seguintes, em natureza de Despesa de Exercício
Anterior”, diz o decreto.
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