Header Ads Widget


Empreiteira 'de Nininho' tem que ser 'enquadrada' pela Sinfra, diz deputado Zeca Viana

MARCIA MATOS

O deputado Zeca Viana (PDT) afirmou, nesta quarta-feira (25), que a obra da MT-130 pela qual a construtora Trípolo, de propriedade dos filhos do deputado Nininho (PR), teria recebido R$3,2 milhões do governo do Estado não teria sido executada, conforme afirmou o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Wilson Santos (PSDB), que disse que a obra teria sido auditada e comprovado que foi realizada.

“Essa mesma empresa ela ganhou a licitação em 2014 para a recuperação da MT 130 e recebeu a ordem de serviço, não sei precisar a data certa, mas foi em junho, ou julho e não fez".

Viana, que tem sua base eleitoral na região da estrada, que liga os municípios de Primavera do Leste e Paranatinga, afirmou que a empreiteira teria vencido a licitação em 2014, mas não executou a obra, como ordenado.
“Essa mesma empresa ela ganhou a licitação em 2014 para a recuperação da MT 130 e recebeu a ordem de serviço, não sei precisar a data certa, mas foi  em junho, ou julho e não fez. E agora vem dizer que tem que pagar para fazer tapa buraco. A estrada  está em péssimas condições”, disparou.

“Essa justificativa do secretário Marcelo ela não é plausível. Não é desta forma. Eu acho que ele tinha que chamar e enquadrar a empresa do deputado porque que não fez o serviço".

Outro pondo criticado pelo parlamentar foi o argumento do secretário de Infraestrutura e Logística do Estado, Marcelo Duarte, para justificar o pagamento alegando a necessidade de um tapa buraco na rodovia.
“Essa justificativa do secretário Marcelo ela não é plausível. Não é desta forma. Eu acho que ele tinha que chamar e enquadrar  a empresa do deputado porque que não fez o serviço,  porque ele deixou a estrada chegar nesse ponto”, argumentou.
O deputado, que discorda de forma veemente que o pagamento milionário possa ter sido feito pela obra da MT 130, apresentou à Mesa Diretora da Assembleia um requerimento pedindo explicações do governo do Estado, sobre detalhes do serviço que foi pago.
“Eu apresentei  hoje na Mesa um requerimento para que eles informem a metragem, qual o serviço e qual o local da obra efetuada, para que eles recebessem o dinheiro”, declarou.
Segundo Viana, a crítica situação da MT-130 é uma pauta constante em seu gabinete e em suas conversas com o deputado Nininho.

"Eu sou cobrado diariamente pela sociedade e eu tenho cobrado muito o deputado Nininho por causa disso, porque já deveria ter feito".

“A rodovia  fica no meu município. Eu sou cobrado diariamente pela sociedade e eu  tenho cobrado muito o deputado Nininho por causa disso, porque já deveria ter feito. Ou então não ganhasse a licitação, não recebesse a obra”, ressaltou.
O deputado, que é presidente do partido do governador Pedro Taques (PDT),e foi um dos principais apoiadores de sua campanha, mas que agora não estaria tão próximo do chefe do Executivo Estadual, mandou recado dizendo que irá continuar a cobrar explicações.
“Fui reeleito para manter meu posicionamento de fiscalizar e cobrar maus feitos, e não é pelo governador ser da minha base, que eu vou deixar passar qualquer tipo de atos irregulares”, pontuou.
PAGAMENTO POLÊMICO
Na sessão ordinária desta terça-feira (24), o deputado Mauro Savi (PR) apresentou a questão do pagamento à Trípolo e pediu explicações do governo. O Executivo suspendeu todos os pagamentos de contratos de obras anteriores, mas pagou à empresa ligada à família do deputado Nininho, que é 1º secretário da Assembleia.

O líder do governo, deputado Wilson Santos (PSDB), argumentou que o pagamento seria por serviços feitos pela Trípolo na gestão passada na MT 130.
Segundo o tucano, a obra teria sido auditada e comprovada sua execução. Ele também frisou que por se tratar de uma medida emergencial o pagamento não feria o Decreto 002, que suspendeu os pagamentos de todas as obras contratadas na gestão passada.
VERSÃO OFICIAL  
O RepórterMT questionou à assessoria da Sinfra por qual serviço a Trípolo estava sendo paga, já que a estrada estaria em estado de calamidade, mas ao site a Secretaria informou apenas, por meio de nota oficial, que o pagamento de R$ 3,2 milhões à Trípolo se refere a uma dívida passada deixada pela administração anterior.

E que o dinheiro teria sido liberado para garantir a execução dos serviços de tapa-buraco que serão iniciados na MT-130. A reportagem ainda tentou contato direto com o secretário da pasta Marcelo Duarte, mas as ligações não foram atendidas.

Postar um comentário

0 Comentários